As constelações épicas são fundamentadas no perdão e na capacidade do não julgamento, de se colocar no lugar do outro, de empatia, de calçar as sandálias do próximo.
Elas trabalham com temas de vida e morte. Não possuem cunho religioso, mesmo sabendo que o perdão é um ato divino. Olham sempre para as soluções e tratam de temas traumáticos.
Elas tratam muito de exclusão, de inocentes que tiveram suas vidas tiradas sem terem tido condições de se defenderem como por exemplo os abortos provocados, abortos espontâneos, gemelares natimortos, gemelares não nascidos, vidas que não puderam ficar e nunca foram vistas ou incluídas dentro do sistema.
Quando em uma das suas aulas ela cita o exemplo dos abortos espontâneos ela coloca a hipótese de poder ser suicídios que não foram olhados, integrados, os segredos. Tentativa do sistema de prantear aqueles que partiram sem pranto, sem lamento, sem saudades. Um dos grandes erros das pessoas é em ver como invisível a morte.
Os não nascidos devem ser considerados.
Outra característica das constelações épicas é que elas exigem de nós, tomadas de consciência, disposição para fazer o que é necessário. É necessário ter muito cuidado ao tocar assuntos de vida e morte porque muita culpa é mobilizada e ressentimento pode vir à tona.
Olinda diz que decidiu ser ela mesma e criar sua própria forma de trabalhar e com aquilo que ela acredita. Aprendeu com Jung sobre a visão de transcendência, sobre a condição de destinos e as constelações épicas fazem isso, sempre com o olhar além do aparente.
Um dos pontos importantes para nós terapeutas é fazer com que o cliente recupere o seu sentido de vida, pois se todos nós tivermos um sentido de vida poderemos passar por todas as diversidades que conseguiremos superar.
E como encontrar o sentido de vida? Oferecendo sempre estímulos afetivos no consultório.
Que o local de trabalho seja bem sistêmico, seguro e simples.
“Levaremos sempre para a nossa profissão quem nós somos.”