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CONSTELANDO UM AMOR DEIXADO PARA TRÁS

CONSTELANDO UM AMOR DEIXADO PARA TRÁS
Juliana Menuzzo Lauandos
jun. 27 - 3 min de leitura
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A amada cliente L. (escrevo assim para preservá-la) estava e está empenhada em seu processo de cura e no de seu sistema. Ela me trouxe questões que compunham vários temas. Então, o primeiro passo foi ajudá-la na escolha de seu tema e de sua intenção. 

Após conversarmos, uma questão que me chamou a atenção foi a separação conjugal. A cliente se entristeceu durante a fala, pois considera que a família se dividiu após a separação. Emocionou-se, dizendo que é difícil manter o diálogo com o primeiro marido.

Sobre os antepassados, ela mencionou que a avó paterna veio da Espanha e o avô materno de Portugal. Emocionou-se ao falar da avó. Já em relação ao avô, trouxe histórias carregadas de mágoas.

No aparente, o tema era sobre a separação conjugal, mas a constelação mostrou muitos aspectos de forma mais aprofundada. Os resquícios da separação atual eram sintomas de memórias antigas.  

Havia inúmeros excluídos no sistema e pessoas que ficaram para trás, com o sentimento de abandono e rejeição (semelhante às sensações trazidas pela cliente após a separação). 

A representante do primeiro marido descreveu uma sensação de que só conseguia olhar para cima, vendo mulheres acima. Nesse momento, senti como se os homens vissem as mulheres como superiores. 

Quando coloquei a música espanhola “Gracias a la vida”, alguns representantes se mostraram muito felizes, descrevendo imagens internas de mulheres dançando. Uma delas desprezava os homens.  

O representante do primeiro marido se sentiu como o avô que veio de Portugal e, assim, foi renomeado. 

Susy amada estava em reverberação com o campo e apareceu, mostrando grande conexão com o avô português, que havia sido excluído. Nomeou-se de auto-degredo. Daí, o campo, com suas infinitas possibilidades, mostrou que uma das representantes que estava muito feliz e dançante, na verdade, representava a falta de empatia diante do sofrimento do avô. 

Conforme o avô foi sendo incluído, visto e valorizado, a solução foi se aproximando. Lágrimas de cura surgiram. O campo mostrou que o avô deixou um amor não correspondido para trás, em Portugal, e veio ao Brasil.  

Uma pessoa da platéia, que estava em ressonância com o campo, levantou a mão. Porém, ela não conseguia falar nem escrever. Ou seja: ainda há segredos no sistema. Perguntei se ela se sentia como a esposa do avô. Ela gesticulou que sim. 

Fizemos outro trabalho para que o filho da cliente se liberasse de emaranhamentos. Com as falas de cura, ele ficou mais leve e foi abençoado por seus antepassados. Ele estava à espera disso, por décadas...  

É desafiador descrever as constelações em palavras, pois eu me esqueço de muitas coisas que acontecem. Agora, entendo melhor o que a mestra ensina sobre expansão da consciência durante o processo. Quando escrevemos, parece que colocamos um limite onde não há limites.  

Enfim, demos um bom lugar em nosso coração a tudo que apareceu no campo, incluindo os amores deixados, os abandonados e rejeitados. O perdão, tão esperado, pôde chegar e ficar.  

Eu agradeço pela oportunidade de estar a serviço. 

Gratidão à mestra Olinda, ao mestre Bert Hellinger, à mestra cliente e aos meus mestres do dia-a-dia. 




 

Obs.: o texto foi publicado com a autorização da cliente. 

 

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