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CONSTELANDO UM ATELIÊ, A PROFISSÃO, A MÃE

CONSTELANDO UM ATELIÊ, A PROFISSÃO, A MÃE
Juliana Menuzzo Lauandos
mai. 30 - 3 min de leitura
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Admiro tanto as artes manuais! Quando a cliente B. (a inicial é para preservá-la) me disse que tinha um Ateliê e que produzia enxoval para bebês e famílias, achei TÃO lindo e feminino! 

Ao contar a sua história de forma detalhada, a emoção apareceu quando falou da mãe, do sofrimento dela e da despedida no dia em que a mesma deixou o corpo físico. A cliente, sendo a irmã mais velha de 4 homens nascidos vivos, foi mãe deles quando pequenina. Na separação dos pais, ela e os irmãos permaneceram com o pai, o que aumentou a responsabilidade que B. sentiu de cuidar dos mais novos.

A vida a fez amadurecer cedo. 

A dor da memória pessoal de separação estava bem viva em seu coração.

Sobre a história transgeracional, muitos aspectos me saltaram os olhos: orfandade, doenças mentais, suicídios… A Itália é o país de origem dos antepassados maternos e paternos. Apesar do sofrimento, a vida estava seguindo a partir de B. e de seus filhos. 

Quando iniciamos a constelação, a representante do Eu dizia algumas palavras, mas ninguém a entendia. Eu também não compreendia... A conexão e, principalmente, o som falhavam. Naquele instante, pensei em segredos e senti fraqueza partindo da representante…  

No início, o contato visual e sentimental entre o Eu e os pais era bem difícil…a Mãe não queria que B. falasse, enquanto o Pai queria… O conflito estava presente e a criança sofria. 

Logo depois, o campo mostrou que o Eu se tratava de B. Criança, revivendo a memória da separação dos pais. Nesse momento, tudo estava mais claro. A criança foi vista, validada, amada. Havia lindos pássaros em forma de adesivo atrás desta representante. 

Apareceu uma imagem interna de crianças subindo uma ladeira… Eu também sentia que havia crianças excluídas neste sistema (num momento anterior, em que trabalhava no campo da cliente).

A mãe pôde expressar seu sofrimento, pois, na separação do casal, não queria que a filha fosse com o pai. O pai abre o coração e fala da sua dor e vontade de dormir para esquecê-la. Pede perdão à filha. O pai a coloca no lugar de filha, dizendo que não precisa tomar nenhum partido de ninguém. Que alívio! O coração de B. é tocado. 

Depois, o Eu adulto apareceu. O Campo estava pronto para recebê-lo. A solução depende do adulto e não da criança. 

O Pai pede permissão para ser o Amor e se declara para a primeira esposa. O orgulho fazia com que reprimisse esse amor. Agora, podia expressá-lo livremente. 

Através das falas e lágrimas, a solução chegou mais rápido do que eu imaginava… dentro de mim veio: “UAU, que rápido!”

A Constelação é mesmo uma Caixinha de surpresas: costumamos achar que as questões virão sempre de longe, mas, às vezes, vem das memórias pessoais. Estão mais perto do que imaginamos. 

Gratidão à B., à mestra Olinda, à Susy e Sizumi pela oportunidade de servir. 

“Profissão é mãe, trabalho é pai.

Tempo é mãe, dinheiro é pai”. 

 

Obs.: a publicação foi autorizada pela cliente.

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