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CONSTELANDO UM TANTO MAIS

CONSTELANDO UM TANTO MAIS
Shirley Martins Menezes Svazati
set. 12 - 7 min de leitura
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Eu não poderia iniciar este relato se não fosse com agradecimentos. Muitos agradecimentos.

Gratidão meu Deus, Olinda, Susy, Sizumi, Marcinha, Helane, Nelci, Liliane, Kelim, Jussara, Tati, Maraíza, Maria Rosane, Eliziane, Bruna e demais colegas da escola real.

Muita gratidão querida Edir Dallabarba!

Ter meu tema trabalhado numa das vivências foi uma experiência linda, graças à todos vocês.

Conforme já havia me mostrado Juliana Lauandos, a constelação tem início muito antes do momento da intervenção em si.

Isso de fato ocorre.

A partir do momento em que recebi a ligação carinhosa falando da possibilidade de colocar o tema descrito na plataforma, a intenção foi se desenhando e o tema, se definindo com maior clareza. O campo foi se mostrando, as informações aparecendo, “pipocando” de um lado e de outro, trazendo até certa confusão.

Momento de acolher tudo no coração, acalmar, dizer sim sem julgar, como Edir me orientava.

O tema? O medo desmedido que sentia desde criança, de vivenciar o sofrimento, especialmente nas questões de saúde, seja minha ou da minha família.

A intenção era trabalhar isso internamente, porque de maneira racional já estava sendo visto. Eu estava ciente de que no inconsciente a questão persistia. E não eram raras as vezes em que me pegava tendo medo de deixar de temer. Afinal, “o medo me protegia”.

Quando assisti ao lindo vídeo da Nina, enviado ao grupo pela Olinda algumas horas antes do encontro, me emocionei profundamente. Meu Deus, quantas vitórias, quantas bênçãos. O amor transborda!

Mas também ressoava em mim outro pensamento: quantos momentos de dor e sofrimento no coração de mãe devem ser vivenciados “nos bastidores”. Hospitais, crises, sofrimento... tanta dor. Eu sinto muito, muito. Gratidão Nina amada. Que exemplo de fé e coragem Olinda querida!

Ainda que não houvesse expectativa, o nervoso tomava conta. Chegar num estado aceitável de presença naquele momento não foi nada simples. Não fosse o trabalho amoroso de nossa querida Sizumi, não teria conseguido sair do mesmo nível do problema para poder buscar resolvê-lo.

Durante a intervenção, por vezes me sentia anestesiada e distante, penso que como uma atitude de meu inconsciente pedindo para ir devagar, para não mergulhar tão profundo, distanciar-se um pouco para não sentir demasiada dor. 

Me lembrava da fala de Olinda de que com o campo aberto para que as informações sejam vistas, elas se mostram, se colocam, querem todas aparecer. Eu sentia esse movimento, e eram tantas informações.

Tenham calma! Vamos olhar para cada uma de vocês.

Olinda nos mostra que os medos excessivos têm dinâmica sistêmica de trauma, ameaça, situação de grande perigo vivenciado por meu sistema, mas hoje vejo que essas situações graves muitas vezes se escondem no dia-a-dia. Nem sempre é terremoto ou tsunami, pelo menos no aparente do aparente.

Estão também presentes na exclusão e no abandono.

O campo é realmente soberano e se coloca. Confesso que diante de tantos emaranhamentos diferentes e ao mesmo tempo entrelaçados, me parecia que não haveria solução. A esperança de resolução ia se desfazendo, afinal, era tanta coisa...

Num primeiro momento, nem mesmo entendi o porquê de um colega comentar que faltava amor. Como assim? Como ninguém percebe que existe amor? Por que a música que falava de amor e tanto representava para mim na história de minha família não foi bem aceita por todos os representantes?

Eu estava sem entender, mas de coração aberto.

Muitas informações foram apresentadas por um ponto de vista que eu não havia observado até então. Até aquele momento, por exemplo, não enxergava o peso da indiferença em meu sistema, embora a indiferença sempre tivesse sido um sentimento que me incomodava.

Mas agora vejo. E eu sinto muito, muito mesmo por cada um.

A música “Doce Sentir” na voz de Jair, teve papel importante para resolução, assim como a participação da Susy, que de forma tão generosa nos trouxe a obra em que Drummond olha para a coletividade.

“O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.”

Ninguém está só!

Muitas vezes, olhamos para a indiferença em relação à alguma dor, a alguém que sofre. Mas agora também entendo, que a indiferença em relação ao que o outro faz de bom, aos pequenos cuidados do dia-a-dia, pode ser tão dolorosa quanto.

Acolho essas duas categorias, com todo amor!

Nos dias seguintes, os entendimentos e a paz ressoavam mais e mais e se alternavam com períodos de incômodo, de inquietação. Pensava sempre: “Deve fazer parte do processo, que venha o incômodo também”.

As falas de Olinda nas aulas e lives após a constelação, pareciam se encaixar perfeitamente em todo aquele contexto, como que um anjo me mostrando docemente por onde caminhar.

E o processo iniciado com a formação na escola real, se desenrolava, lindamente.

A ação de incluir o masculino em meu sistema, uma tarefa que já havia iniciado, estava ocorrendo, mas com certa dificuldade, porque eu esbarrava justamente na “indiferença”.

Sim! Caminhar juntos de mãos dadas é dia-a-dia, nas pequenas coisas também. E como oferecer amor e a companhia no caminhar, empatia, diante da indiferença? Minha vontade de obter essa resposta era intensa depois da constelação.

Até que à encontrei numa das falas de Olinda, expressas em uma bela postagem de Sizumi para o Saber Sistêmico.

Estava lá minha resposta: com amor de graça. O amor incondicional, que não julga e não cobra. Devemos ofertar o amor de graça e buscar sermos amados de graça também.

O amor de graça possibilita o perdão. O amor de graça leva aos milagres e à cura porque somente o amor traz de volta, mas precisa ser de graça, como o amor de Deus. Amor sem fim.

E sabendo que não estou mais só, posso seguir nesta jornada de entendimentos e ações, entendimentos e ações, entendimentos e ações...

Buscando agora, me ligar com minha família de origem, pela felicidade.

Gratidão meu medo pela mensagem que me trouxe. Eu te acolho e te libero agora. Sempre que precisar me dizer algo, estarei pronta para te ouvir, afinal você agora traz prudência, providência.

Doce é sentir
Em meu coração
Humildemente
Vai nascendo amor

Doce é saber
Não estou sozinho
Sou uma parte
De uma imensa vida

Que generosa
Reluz em torno a mim
Imenso dom
Do teu amor sem fim

O céu nos deste
E as estrelas claras
Nosso irmão sol
Nossa irmã lua

Nossa mãe terra
Com frutos, campos, flores
O fogo e o vento
O ar, a água pura

Fonte de vida
De tua criatura

Que generosa
Reluz em torno a mim
Imenso dom
Do teu amor sem fim  

(Doce Sentir)

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