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CONSTELEI ASSISTINDO UM VÍDEO

CONSTELEI ASSISTINDO UM VÍDEO
Márcia Regina Valderamos
mar. 24 - 6 min de leitura
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No dia 24/03/2021 eu estava revendo uma meditação no vídeo abaixo, onde a Mestra Olinda nos leva a ver nossos pais e antepassados, nossos irmãos e descendentes, e nós todos, juntos com tudo no Universo como partes de uma unidade.

A seguir, ela orienta que observemos nossos pais e antepassados, percebendo o que eles fazem e ao fazer isso, eu reconheci os dons de todos eles. Eu vi as suas qualidades. Eu vi como eles são talentosos, criativos (ou foram, pois nenhum está mais nessa dimensão, mas estão em mim, por isso o verbo no presente).

Observei como amam a vida, a família, o próximo; notei que são bondosos, solidários, assisti como gostam de ajudar, de dividir o que sabem, gostam de ensinar o que aprenderam, se doar.

Entendi que não mais faziam nada disso porque houve muita orfandade devido as guerras, a escravização, a expatriação forçada ou indiretamente forçada a que foram submetidos.

Eles perderam suas identidades, sua dignidade e não eram reconhecidos pelo que eram naturalmente, pelos seus dons e afinidades.

Tiveram que se submeter e fazer o que lhes era ordenado,  da maneira que era imposto, senão não podiam comer a mísera ração e tomar o pouco de água que lhes davam, tudo era racionado e se desobedecessem ficavam aprisionados, sem beber nem comer por dias, eram açoitados, chicoteados. Vi inclusive que lhes cuspiam na cara.

Que horror!

Eram muito crianças quando se tornaram órfãos de fato, devido as mortes nas guerras ou pelas brigas por terras,  ou funcionais, pois os homens não estavam em casa: ou iam para a guerra, ou iam para outros países em busca de subsistência ou obrigados, ou estavam com o corpo físico presente,  mas não conseguiam proteger e amar seus filhos devido as intempéries e escassez que viviam e que os acabava adoecendo, tornando-os loucos, fragilizados, doentes.

A vida era muito dura para todos!

Deixaram de ser espontâneos, criaram uma couraça para se proteger, não demonstrar sentimentos; se tornaram introvertidos, tímidos, tristes, temerosos de repreensões e reprovações.

Se sentiam diminuídos, inferiorizados, não validados e não demonstravam mais seus talentos e dons em público. Foram se tornando pessoas amargas, duras, intratáveis.

Reprimiram sua humanidade, sua sensibilidade, seu amor.

Não falavam com as outras pessoas, pois o seu idioma não era compreendido e apanhavam para falar de forma que os compreendessem.

Se isolaram.

Se afastaram dos demais e só saiam dos cubículos insalubres que viviam para trabalhar por muitas, muitas, longas horas seguidas e, ao anoitecer, chegavam se arrastando  de cansaço, sem terem se alimentado adequadamente e, para não sentirem mais fome e desmaiarem sem terem tempo para pensar, bebiam qualquer coisa que tivesse álcool e os dopasse, para acordar no inicio da madrugada e recomeçar a sacrificante lida.

Procuravam não ficar observando a noite, que trazia muita nostalgia, apertava o peito e, em cada baforada no cigarro de palha, imaginavam na fumaça que subia, sua vida se esvaindo.

A noite era difícil de ser encarada. Momento de encarar a si mesmo e a sua desgraça.

Melhor se embriagar e apagar.

Foram sentindo cada vez mais raiva, desejo de vingança e se tornando agressivos. Muitos assassinaram quem os oprimia, humilhava. Outros, aprenderam a agir com violência para que fossem temidos e, ilusoriamente, respeitados e maltratavam e matavam só para pensar que era mais forte que as suas vítimas.

Crianças que crescem sem pais, sem guardiões, se perdem na própria vida, se perdem de si mesmos.

Passaram a ser odiados, evitados, excluídos.

Muitos deles morreram assassinados por seus desafetos, outros enlouqueceram, adoeceram e morreram totalmente sozinhos.

Sem conseguir amar, também não obtiveram amor, o amor que tanto necessitavam e desejavam!

Eu vejo vocês, meus amados!

Eu sinto tanto, tanto, tanto! Meu coração chega a doer de tanta compaixão por todos!

Senhoras e senhores tão amados! Meus pais, meus antepassados! Meu sangue!

Todos vocês, cada um de vocês, têm um lugar especial no meu coração!

Sou muito grata a todos por tudo que de bom sempre fizeram, pela coragem, pela tenacidade, por serem homens e mulheres honrados, de quem muito me orgulho!

Gratidão pelos dons de vocês, pela solidariedade, por serem trabalhadores, criativos, talentosos, resilientes e insistirem para que o fluir da vida chegasse até mim!

Sou muito grata por terem me permitido nascer nesse corpo físico que eu tanto quis, nessa família que, mesmo sabendo dos desafios que enfrentaria estando aqui, eu escolhi como minha, com muito amor!

Me comprometo com todos vocês que sempre estarão incluídos em mim, em tudo o que eu realizar, que colocarei os dons que herdei de vocês a serviço do próximo e farei o melhor com todas as dádivas que me deixaram.

Não só com a psicologia que hoje tenho certeza que fiz por estar a serviço do nosso sistema, da nossa cura, mas agora completando e ampliando com a terapia sistêmica, me comprometo a ajudar as pessoas que me pedirem,  em seus processos de autoconhecimento, desenvolvimento, expressão de dons e talentos e nas suas próprias curas e de seus respectivos sistemas.

Voces sempre terão através de mim o reconhecimento pelo trabalho que, com a força de todos vocês colocarei a serviço dos nossos irmãos aqui na Terra.

Agora não precisamos mais sofrer. Já estamos em paz e podemos dormir tranquilos, sem nos apavorarmos com o cair da noite, com a orfandade e a desproteção. Vou cuidar sempre de mim e vocês sentiram que podem agora repousar.

Agora a vida se faz!

A infância feliz está protegida e pode acontecer!

O amor sempre traz de volta!

Gratidão eterna a todos!

 

 

 

 

 

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