Os contos de fadas são mágicos. Eles têm o poder de nos transportar para um tempo da infância, um tempo de sonhos e fantasias.
Em nossas brincadeiras infantis, a vivência dos contos de fadas revela a linguagem da alma. Quando nos tornamos adultos, vamos nos distanciando dessas fantasias e perdemos o contato com o mundo dos sonhos.
Na psicoterapia, as imagens dos contos servem para ilustrar situações de vida, pelas quais passamos. Muitos se identificam com determinada situação ou personagem levando a uma compreensão do que deve ser feito no momento.
Os contos possuem a mesma função dos sonhos, eles trazem uma mensagem do inconsciente para que possamos olhar para o consciente.
Os filmes e os contos de fadas promovem movimentos de identificação com nossa história. Eles possibilitam uma conexão significativa por aquilo que sentimos quando entramos na história dos personagens e nos identificamos com eles.
Em um único enredo vemos muito de nós, vemos nossas dores, nossas sombras, conflitos internos e emaranhamentos. Assustamos quando vemos o enredo da nossa vida passando diante dos nossos olhos.
E a riqueza maior é perceber que podemos encontrar sentido para o que estamos vivendo a partir da experiência do outro. Vemos que nossa história não é tão incomum como imaginamos, que podemos elaborar conteúdos internos, ressignificar sentimentos e encontrar possíveis caminhos de cura para nossa vida.