As histórias que mais gostava de assistir, os filmes que revi muitas vezes foram as do Pinóquio e a do Gulliver.
Quanto ao Pinóquio, eu achava muito feio o que ele fazia que era mentir para o pai. Achava muito feio o comportamento dele. Cresci ouvindo mentiras de um tio e prima, filha dele. Eram motivo de vergonha na família, ouvia muito de como era feio mentir.
Este foi um sentimento que cultivei minha vida toda, nunca mentir; meus pais não admitiam mentiras.
Meu pai falava que a verdade era uma só e que quando se falava mentira havia contradição e o mentiroso era descoberto, o que era uma vergonha.
Minha mãe dizia que quem mentia perdia a confiança e nunca mais conquistava, porque a confiança se conquistava, uma vez perdida nunca mais, e eu morria de medo de perder a confiança de ambos.
As histórias de Gulliver me chamavam a atenção porque eram todos muito pequeninos e viviam em perigo. Acho que por eu ser pequena me identificava com eles.
Nunca gostei de histórias muito fantasiosas, fora da realidade, como por exemplo Alice no País das Maravilhas, que não consegui assistir, nem ler o livro até hoje, acho sem sentido.
Histórias de príncipes e princesas não tiveram muito minha atenção. Tenho uma amiga que foi adulta à Áustria para conhecer o castelo de uma princesa que virou filme. Demostrava verdadeira adoração pela história da princesa, eu achei até estranho.
Eu brinquei muito de boneca até meus 13 anos, minhas bonecas tinham vida normal, gostava de trocar de roupa e brincar de casinha. Dos 12 até os 25 anos colecionei bonecas de trajes típicos.
Todos que viajavam traziam de presente para mim. Tinha uma parte do armário com prateleiras só para colocar as bonecas que eram de tamanho pequeno ou miniaturas de bonecas.
Chapeuzinho vermelho eu não gostava da história, tinha medo do lobo mau.
Revivi estas histórias assistindo com minha filha, que hoje tem 31 anos. Ela teve a fase de princesa, mas foi de Ariel que ela brincou mais, teve festa de aniversário temática, onde vestiu até fantasia.
São estas minhas lembranças.