Quando ouvi neste módulo sobre contos de fadas, lembrei rapidamente de duas histórias que sempre me conectei, a Cinderela e Pocahontas.
Bem, ali fui eu abrir meus ouvidos e coração para aprender sobre eles.
Os dois contos eu ouvi e mergulhei neles inúmeras vezes, me imaginava vivendo aquilo que elas estavam vivendo.
A Cinderela, uma moça que ficou órfã de mãe e pai, sofreu com a madrasta e só encontrou a felicidade com o casamento, depois de uma ajuda da fada madrinha.
Pocahontas uma índia, guerreira que conhece e se apaixona por alguém de outro continente tendo que escolher lutar por seu povo ou por seu amor, desejando pertencer a um sem desonrar o outro.
Hoje muitas fichas caíram através do conto, metade de mim, trazia a memória de orfandade parental, onde abriu espaço para muitas violações das crianças e um grande vinculo de amor interrompido que chegou até a minha geração.
E sabem qual era a solução? Ou pelo menos, as moças achavam que era, casar. Sim, afinal o casamento seria o felizes para sempre, o amor que faltou poderia ser recebido agora.
Todas após o casamento descobriram que ainda lhe faltará algo. E hoje eu sei, sei mesmo, que o amor de graça dos pais, só podemos receber deles e se houve uma interrupção, devemos oferecer a nós mesmo.
Esse amor de graça não chegará, não será suprido através das relações conjugais. Bem, e a uma semana me caiu a ficha e constelei, o porque eu vinha desejando tanto casar, não pelo amor sadio, mas pela lealdade. Pois, agora vamos lá desemaranhar.
Ah! Não me esqueci da Pocahontas, é a outra metade de nós. Via ela como uma mulher forte, ligada a natureza, determinada e apaixonada. Tinha que escolher entre o seu povo ou o amor do homem que amava. Tenho em mim os índios e os desbravadores, todas as dores e alegrias deste encontro.
Entendo hoje, o quanto lhe faltou a benção do masculino para seguir com quem amava, sem deixar de pertencer. Muitas fichas vieram, como sempre desejei pertencer, o quanto busquei na minha vida quem era o meu povo e tantas outras sentia que tinha que escolher entre meus pais ou o meu relacionamento, no fim, os relacionamentos acabavam indo embora assim como o personagem John, ferido e para longe.
Bem me reconciliei um tanto com o feminino e masculino, tenho retomado o vinculo do amor de graça e por isso hoje vivo um bom e sadio relacionamento.
Mais preciso olha e continuar esse jornada de cura, lembrando destas historias. Tudo que elas trouxeram a luz para que eu pudesse ver.
Foram tantas gerações sofrendo, não pareciam tão importantes, mais hoje escolhe ver e resolver para liberar meus descendentes.
Já foram um tanto assimiladas, espero completa-las em breve.
E os seus contos o que tem te contado?
Gratidão!
O amor sempre trás de volta...