No módulo 6, Olinda nos fala de contos de fadas, super-heróis. Eu viajei lembrando e me identificando com vários.
O meu preferido era do Patinho Feio, eu não gostava e achava muito triste o patinho ser desprezado pelos demais só porque era diferente.
Assim fui crescendo, loirinha, bonitinha, comecei a ir à escola e já observava o desprezo que alguns tinham com as crianças ditas diferentes. Eu sempre as defendia, chegou em um ponto de perder a auto estima para não ser vista e admirada pelos os outros, para me sentir igual aos menos favorecidos.
Quando fiquei maior era chamada pelos colegas de sala de defensora dos fracos e oprimidos, a minha melhor amiga era e a mais carente da sala, "feinha", e eu a defendia com unhas e dentes.
Hoje percebo porquê sempre gostei dessa história, estava defendendo todos os excluídos do meu sistema, aqueles que entraram para a família e outros que nem conseguiram por não ter aparência europeia, pois o racismo reinava no meu meio familiar. Falo isso com dor no coração, mas era a pura realidade.
Sabemos que todos somos iguais perante Deus e assim estou em busca do autoconhecimento e da minha cura e de todo meu Sistema Familiar e sigo acreditando que como no conto do patinho feio, todas as crianças serão vistas, acolhidas e amadas por pessoas boas e de bom coração.