A leitura do livro: “A verdade do sofrimento humano”, da professora Olinda Guedes, provocou um profundo exame do meu próprio estado corporal e emocional.
Fiz um levantamento detalhado relativo à identificação de sintomas, analisando quais estariam mandando recados relacionados às memórias pessoais e aquelas transgeracionais.
O resultado foi bem surpreendente, porque predominaram as informações de memórias transgeracionais dos meus ancestrais do ramo materno, o povo originário Sami, do Círculo Polar Ártico, que sofreu grandes perversidades de parte dos seus colonizadores.
Foram desrespeitados e oprimidos em seus modos de vida, de crenças, de identidade e sintonia com as leis da natureza. Perderam inclusive o direito de uso dos seus nomes originais. Esclareço, o nome Sami de uma pessoa pode conter de 3 a 4 gerações da família e explica exatamente quem você é e de onde vem. É construído de forma que seja fácil para as pessoas entenderem quem você é. Não apenas o próprio nome, mas a sua linhagem familiar. Assim, houve a anulação do direito ao pertencimento.
A história da genealogia familiar foi fundamental para desvelar os significados de dezesseis sintomas identificados em mim, produzidos pelas minhas memórias transgeracionais.
Portanto, traumas profundos produziram um somatório de perdas nesse sistema, consequências de medo e carências extremas, insegurança, sobrecarga, desalento, maus tratos, tudo isso compondo um emaranhado causador de dores que se refletiam e perturbavam, no presente.
Identifico, reconheço e lamento o que se passou.
Eu vejo todos vocês, libero cada pessoa dessas gerações na direção da alegria de vida plena.
Expresso minha gratidão e compensação no acolhimento de excluídos e discriminados no passado, em tempo atual e futuro.
Escolho passar da lealdade para a felicidade.
O processo de cura do sofrimento faz a retomada do equilíbrio sistêmico, pelo pertencimento, compensação e ordem.
A superação dessa lealdade ocorre pelas leis do amor, interrompe a herança dolorosa de emoções, que se refletem na alma e no corpo.
Gratidão!