O amor do espírito é aquele amor da compaixão, da empatia, da comunicação não violenta, que não julga, como diz nossa mestre Olinda “que calça a sandálias do outro”. É preciso saber ouvir atentamente, sem julgamentos, o outro precisa saber que talvez também faríamos daquela forma se estivéssemos no lugar dele.
Para que o amor dê certo, é preciso cuidar da infância, da nossa e da infância de nossos avós, de nossos pais, porque ela está em nós. Não tem como ser feliz com o conjugue se não foi com os pais. Nem ser feliz com qualquer outra pessoa, se você não é consigo mesma.
Da mesma forma, não terá sucesso com seus filhos, se não tem com seu cônjuge.
A atitude das crianças é por modelagem, elas repetem os pais. Precisam ver que há respeito, porque se não elas também não respeitam. Nenhum filho é feliz, se os pais não são.
Assim, devemos nos apaixonar por alguém que conhecemos, analisamos, entendemos. Quando a paixão é repentina, pode ser um emaranhamento, a paixão é pelo corpo de dor, é identificação. É o seu sistema agindo, trazendo a avó abandonada, o avó subestimado. Precisamos curar para seguir a vida, para ela fluir.
Quando ouço alguém reclamando de outra pessoa, eu costumo dizer para se observar. O que nos incomoda no outro é somente um reflexo de uma sombra nossa. É preciso silenciar para visualizar em nós o que facilmente vemos no outro.
Na medida que vamos nos autoanalisando e nos curando, tiramos completamente o foco do outro.
Quando voltados para dentro, para o que é essencial, podemos desenvolver amor próprio, trabalhar o merecimento, desenvolvemos nossas virtudes e podemos contribuir com os que estão ao nosso redor.