História de Meus Pais.
Meu Pai, Licínio Antônio Del Santi, nascido em 07 de agosto de 1943, descendente de Italianos e também Indígena.
Teve uma infância difícil, perdeu a mãe quando tinha apenas dois aninhos, minha avó paterna se foi deixando saudades e um grande vazio, ele assim foi aos cuidados de minha bisavó, porém esse amor da Mamãe nunca mais foi preenchido, a criação era rígida e fria.
Um desses dias ao se perder no tempo ainda criança, ficou brincando na chuva e nem se deu conta do tempo, esse dia apanhou muito e acabou fugindo, foi com seus irmãos mais velhos e seu pai.
Seu Pai trabalhava muito e os cuidados da casa e dos irmãos mais novos ficava com sua irmã Odila que acabou por criar meu pai também.
Eu lembro dele me contando que ela subia em um banquinho pra alcançar o fogão a lenha e aos 18 anos foi seguir o exército, nessa ocasião meu avô paterno ficou muito bravo e foi até lá buscar ele, achando que lá não era um lugar honrado.
Onde o Sargento conversou com ele e explicou que era um lugar sério e ele seria remunerado, sendo assim meu avó compreendeu que seria bom pra seu filho.
Meu avô paterno nunca mais se casou e logo depois também veio a falecer, assim meu pai ficou lá até se casar dentro de solidão e rigidez .
Minha mãe Olivia Baccarim, nascida em 17 de abril de 1946 de descendência Espanhola e Italiana.
Não sei muito sobre minha mãe, alguns fatos vim a saber somente a alguns meses. Existe muitos segredos em seu sistema familiar .
Sei que sua infância foi bem difícil, perdeu o pai aos 14 anos passou por privação financeira após isso, não houve vínculo de amor com a sua mãe
Houve espancamentos e ela teve que trabalhar bem cedo pra ajudar em casa, não ficava com nem um centavo de seu pagamento .
O casamento dos meus pais foram com bastante dificuldade financeira no início, acredito que eles se amavam. Meu pai sempre muito dedicado a sua profissão e minha mãe ao lar.
Com o passar dos anos começaram a surgir dificuldades, com relação aos filhos, minha mãe tinha muita dificuldade em lidar com as filhas mulheres, eram muitas torturas, e com 25 anos de casados eles se separaram.
Nessa época minha mãe estava piorando seu psicológico a cada dia, sem aceitar nenhum tipo de tratamento, acredito que eram poucos os momentos que ela vivia no presente .
Minha infância foi de uma mãe bem distante, meu Pai sempre sempre cuidou de mim, com o tempo foi piorando o comportamento de minha mãe e acabei por viver sérios problemas de espacanentos e devaneios da sua mente.
Não podia se aproximar muito do meu pai quando estávamos no mesmo teto e chego a conclusão que gerei muitas expectativas em relação a minha mãe, me causando muitas dores em mim, gerando uma fidelidade, antes da felicidade a fidelidade .
Aprendi que da minha genitora, o bem mais precioso ela já me deu, a vida. Hoje vejo quantas repetições em meu sistema.
Agora eu sei tudo o que meus pais passaram e entendo tudo o que passei, como sou grata de ter tido um guardião como meu pai, um cuidador, um protetor.
Meu relacionamento conjugal teve algumas repetições e muita fidelidade, hoje eu entendo melhor, tudo o que aconteceu.
Enfim, ao olhar a história de meus pais, aprendi muito sobre eles, e sobre mim também. Agora eu sei.
Honro a meu País.
Respeito a história deles.