Os personagens Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali foram criados por Maurício de Souza.
A Mônica é uma garotinha de personalidade forte, sendo considerada a líder do grupo, com características físicas, baixinha e dentuça, no qual geram um complexo de auto imagem, é dona de um personagem no contexto um pouco sádica (pratica violência em relação ao Cebolinha e ao Cascão, caracterizando ressonância com o agressor do seu sistema), nesse contexto de disputa, Cebolinha planeja várias forma de derrotar Mônica, mas que sempre dão errado, e todas as vezes acaba apanhando (na dinâmica sistêmica representa a vítima no sistema).
O personagem Cascão, tenta derrotar a Mônica para tomar o seu lugar de “Dona da rua”, ele respira liberdade, adora brincar na lama, subir em árvore, jogar bola, correr; e de acordo com o próprio nome expressa, não gosta de tomar banho, foge de água. Nesse contexto sistêmico, percebe se um traço de lembrança pessoal e transgeracional, de trauma em relação a água.
A melhor amiga da Mônica, a Magali, uma menina que adora comer, o que ela mais gosta é melancia. Essa relação da Magali com a comida, pode estar relacionado com o sistema compulsivo e ansiedade (está relacionado com a história de escassez dentro do sistema, antepassados que passaram forme).
Minha infância foi marcada por fatos negativos, mas teve muitos positivos, tive uma infância de muito amor de vó e de mãe, brinquei muito, éramos em quatro primos morando na casa da vó e por isso, a turma da Mônica, cada um tinha um apelido, no meu caso eu era a Magali, pois sempre gostei muito de comer.
Inclusive me recordo de um episódio, que fiquei com vontade de comer um X-salada que meu primo estava comendo e não quis me dar um pedaço, acabei desmaiando de “vontade” (os antigos diziam que tinha bichas, lombriga, não podia passar vontade de comer as coisas), acordei no colo da vó e ela passando álcool no meu pé, pensem na cena!!!!
Mas olhando, a aula dos contos de fada e Histórias, observei a real correlação com o meu sistema, no que se refere a relação com os alimentos, adoro comer com calma, de sentar para tomar café da manhã, almoçar e jantar, de fato degustando os alimentos, e como de tudo, não tenho nenhuma restrição alimentar, sou grata por ter saúde e posso me alimentar de todos os alimentos.
Entretanto, em relação a ansiedade (falta do pai) realmente no período da minha infância, não tive o contato dele, mas depois acabei indo morar com ele e meus avós; em relação a compulsividade, tinha quando criança a de roer unhas (falta da minha mãe, dinâmica de orfandade dos pais).
Eu não sei se teve alguém no meu sistema que tivesse passado fome, sempre tiveram bastante recurso, entretanto, até pouco tempo, eu carregava comigo uma memória de escassez e não merecimento, não merecia ter meu esposo, minha família, filhos, ter bens, até em relação as compras, tudo tinha que ser do mais barato, me representa memórias transgeracionais do meu pai e avó paterna.
Hoje sou grata por tudo, sou merecedora de todas as coisas boas e na minha vida só tem espaço para o bem, e todas as coisas boas e corretas, transborda alegria, paz, saúde, felicidade e amor!
Muita paz e luz.