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DIVISOR DE AGUAS

DIVISOR DE AGUAS
JOSANE ROSENILDA DA COSTA
abr. 24 - 3 min de leitura
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Quando se tem disponibilidade para a transformação, intencionalidade e consciência, o universo, os anjos, Deus, a energia cósmica, as estrelas, e tudo mais que está sob o céu e sobre a terra, dizem amém e as coisas se movem na direção de quem busca a transformação.

Há alguns anos, cerca de mais de 15, iniciei um doloroso processo de libertação de um relacionamento abusivo. Na época, eu estava grávida do meu filho mais velho (que daqui há um mês e 7 dias fará 15 anos); eu estava sozinha, sozinha, sozinha, ele na barriga, e eu, em uma cidade pouco conhecida, uma cidade grande, onde não tinha emprego fixo, nem casa, nem família.

Eu não queria voltar para minha terra natal, não da forma como eu estava, dilacerada, destruída, vencida. Não, eu não queria que me vissem como eu estava. 

Foi quando comecei a perceber que precisava mudar, percebia que atraía as coisas, que atraía pessoas, que atraía situações.

Uma vez, na sala do programa onde eu fazia mestrado, a professora que me orientava me comparou ao Rubinho Barrichelo, e disse que eu nunca seria um Airton Senna. foi como um golpe de algo muito pesado em minhas costas...a comparação. Mas, eu disse a ela: "sim, prefiro ser Rubinho, prefiro estar rico, feliz com a minha família, fazendo o que amo, ganhando milhões para isso e estar VIVO. Não desejo ser um ídolo morto, mas alguém vivo."

Nesses tempos, eu enfrentava uma depressão, mas já estava começando a me levantar, minhas noites escuras estavam sendo iluminadas e eu decidi que não aceitaria que me fizessem mal.

Eu não entendia o meu chamado, não entendia porque eu era diferente, porque era mal vista, porque eu era a esquisita, depois percebi que ser autentica em um mundo de moldes, de iguais, não é de bom tom...mas...para quem?

Percebi que eu era mal vista e mal querida pelo simples fato de ser eu, de ter vindo de família pobre, de ter um sorriso na face e por não aceitar as injustiças do cotidiano.

Só me entendi de fato mediante a constelação, mediante os cursos, estudos, leituras dos livros indicados pela profe Oli e, desde lá, estou na minha jornada de cura, de libertação.

O que de fato tenho a dizer? 

Aprendi a palavra COERÊNCIA, e ela me define, anos, anos, anos, de estudos, de terapia, de auto terapia, e hoje COERÊNCIA me define.

Ensino e pratico a  mesma teoria, a mesma filosofia, e não me sinto bem fazendo o contrário.

Sinto que é muito bíblico: quanto mais conheço, mais sei o peso de não seguir as regras, e mais sei que é preciso colocar em prática o que se aprende.

E assim, me entristeço as vezes, pelo que fiz ou deixei de fazer na gestação, na infância de meus filhos, na minha história, às vezes penso em como seria bom poder voltar no tempo e fazer diferente, mas paro e penso: "estou no aqui, no agora, o que posso fazer no aqui e no agora?"

Como posso melhorar? essa é uma pergunta constante em minha vida. 

Como posso melhorar como mãe?

Como posso melhorar no trabalho?

Como posso melhorar na vida?

Como posso melhorar o mundo?

Amando mais, abraçando mais.

As vezes não sei a pergunta, mas a resposta, sei que é amor.

#RCCFR

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