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EM BUSCA DO AMOR VERDADEIRO

EM BUSCA DO AMOR VERDADEIRO
Marisa Baldessar
mar. 15 - 3 min de leitura
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Quando a mestra Olinda pede para escrever sobre como eram os relacionamentos do meu sistema, fico a imaginar o quanto minha mãe sofreu por conta de não poder se casar com quem ela realmente gostava.

Muitas vezes ela me falou de um rapaz bonito, pele morena, alto, sempre bem aprumado, mas que seus pais não o aceitavam por ser de etnia diferente da deles.

Diziam que ela iria sofrer nas não dele por não ter família estruturada e viver uma vida boemia.

Ela os ouviu, com o coração apertado e aceitou a situação.

 Já conhecia meu pai, que estava interessado nela  por sua alegria e espiritualidade espontânea, ela sempre estava feliz e gostava de ver os outros felizes.

Meu avô, ao saber que havia alguém da mesma raça dele tratou logo de encher a cabeça da minha mãe para ficar com ele, porque ia ser difícil outra pessoa querer ela pelo fato de não ter cabelos.

Ela e mais três irmãs nasceram apenas com poucos fios que com o tempo caíram e assim permaneceram, sem motivo aparente.

Isso a deixava triste, mas sem muitas forças para lutar contra seu pai.

Então se casaram, com o tempo eles aprenderam a se amar. 

Minha mãe tocava gaita em bailes, o que fez com que meu pai tivesse muito ciume dela, começou a beber e a maltratá-la.

Ela nunca quis se separar por causa dos filhos, dizia que um casal deveria criar os filhos juntos.

Tiveram seis filhos nascidos.

E então a minha vida agora é doce, alegre, espere aí, deixe eu contar do inicio. Por ver meus pais e avós sofrendo com o relacionamento amoroso eu todas as noites antes de deitar fazia minha oração e pedia para que Deus me proporcionasse uma pessoa totalmente diferente deles.

E que se fosse para eu ter alguém que bebesse ou me maltratasse, desejava ficar sozinha para sempre.

Nas noites estreladas e de luas brilhantes, sempre fui apaixonada pelas estrelas, eu olhava para o céu e cantarolava:

-Oh lua, me arrume um namorado, que seja apaixonado e viva só pra mim.

Isso virou um mantra.

Mas não foi tão fácil assim, passei por apertos, apareceram em minha vida para minha evolução, pessoas que bebiam, pessoas que eram más, pessoas sem expectativa de vida feliz.

Hoje eu entendo.

Até que, chegou meu príncipe encantado, não veio num cavalo branco, mas em cima de uma moto vermelha.

Bem mais jovem do que eu, enquanto eu escrevo ele está na minha frente sentado, esboçou um sorriso, mas não sabe que estou escrevendo sobre ele, ou sabe!

 Um cavalheiro daqueles que abrem aporta do carro, aquele que carrega consigo um lencinho se precisar limpar o sapato da dama.

Tão bem educado, sabe valorizar uma mulher e a todos sem julgamentos.

Por vezes eu parava o que estava fazendo ou logo após um ato de carinho dele e pensava se eu não estava sonhando.

Agradecia a Deus por tamanha felicidade.

Não tivemos filhos nascidos de nós, mas ele criou minha filha que na época estava com sete aninhos, como se fosse dele.

Já estamos em harmonia com relação a isso, ele é o pai, o outro é o genitor.  

Hoje eu entendo que fui co-criando meu futuro e que todos merecemos um amor verdadeiro, um relacionamento saudável e nem por isso deixaremos de amar os nossos antepassados.

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