Tudo o que é desproporcional ao contexto, a situação, tem haver com lealdades e emaranhamentos.
Para que possamos nos sentir pertencentes ao nosso sistema familiar, muitas vezes somos leais com atitudes e sentimentos, gerando repetição de padrões dos nossos antepassados.
Um movimento inconsciente para honrar aqueles que vieram antes, e assim, sem se dar conta, a pessoa pode repetir as ações boas ou não dos seus antepassados.
Exemplo de lealdade: imagine que um dos seus antepassados é obrigado a se casar, não por amor, mas por interesse financeiro, herança, alianças de famílias. Esta união obrigada gera infelicidade para o casal e deixará na próxima geração a imagem de infelicidade no amor conjugal.
A mensagem foi: o amor não tem nada a ver com casamento, pior, casamento dá medo, gera infelicidade.
Para ser leal com o sistema, é conveniente casar-se por interesse colocando o amor para fora, ou muitas vezes, não se casando.
Já o emaranhamento consiste, principalmente, quando somos levados a seguir os destinos de outros que viveram antes de nós sem que saibamos disso.
O emaranhamento na prática vem atuando como doenças, relações de casal, trabalho, emocional, pais, filhos etc.
Exemplo de emaranhamento: o trauma dos antepassados que passaram fome ou se preocuparam com a sobrevivência durante a segunda guerra mundial pode trazer nas próximas gerações a obesidade e compulsão alimentar, ou seja, a pessoa está acumulando alimentos em seu corpo por memórias de escassez dos antepassados.
Por conta disso a constelação serve de apoio quando se trata de lealdade e emaranhamentos na família e auxilia para que os papéis de cada membro sejam colocados em seus devidos lugares sem expectativas ou julgamentos do passado.
Então, quando colocamos uma pessoa para constelar com toda a certeza, o campo traz à luz, onde ficou preso o assunto ou o antepassado que esta pessoa se emaranhou, ou talvez aonde depositou sua lealdade.