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EMARANHAMENTOS E VÍNCULO DE AMOR INTERROMPIDO

EMARANHAMENTOS E VÍNCULO DE AMOR INTERROMPIDO
JOSANE ROSENILDA DA COSTA
set. 12 - 4 min de leitura
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Quais são os emaranhamentos que percebo em minha vida?

Após ter assistido a aula 5 por umas algumas vezes, percebi a necessidade de realizar um mapa mental (recurso que venho utilizando em sala de aula com os alunos da graduação e comigo mesma, e tenho adorado).

Percebi alguns emaranhamentos e, nesse contexto do mês de agosto, meu olhar está mais voltado para a figura paterna.

Não sei se já relatei aqui, mas meu pai morreu dois meses antes de eu nascer. O pai da minha mãe a deixou criança em Minas Gerais quando veio desbravar o Paraná. O avô da minha mãe, que era quem cuidava dela, foi morto por uma onça, quando ela tinha no máximo 7 anos.

Ela conta que a onça avançou no biso enquanto ele estava em uma expedição de caça na floresta. No ato em que a onça deu o bote em sua face, cravando-lhe as unhas na pele desde a testa, ele atirou no peito do animal. Esse caiu morto, mas não sem antes arrancar toda a pele do biso, desde a face até próximo ao abdômen, quando ambos caíram, um para cada lado.

No velório do biso, serviram a carne da onça como alimento.

Outro dia, conversando com mamãe, a frase que me chamou atenção foi: "quando criança, eu não tinha uma casa, ficava de casa em casa, entre tios e tias, parecia um cachorrinho sem dono. Sabe, às vezes, me sinto um cachorrinho sem dono". Sei que, depois da morte de papai, mamãe foi jogada ao vento.

Ela tinha, na época, 24 anos de idade, nenhum estudo e 4 filhos, 3 nascidos e eu na barriga. Na família de papai, eu era a única família próxima à mamãe. Eles não a acolheram, e ela se virou... Matou uma onça por dia para criar e sustentar sua família, então desfeita de forma brusca... Paro agora para refletir: papai, quando morreu, estava no trabalho... (a caça do alimento, igual o biso?).

O biso era um homem de cura. Conta mamãe que ele pegava abelhas e as punha para picar a barriga,  pois isso fazia bem à sua saúde: o que será que ele buscava curar com este recurso?

Bem, voltando a história do vínculo de amor interrompido... 

Outro dia, há cerca de um ano, eu estava dirigindo, em um momento em que estava realizando o curso de Barras de Access, eu me senti assim: saí do carro e fui subindo, subindo, subindo...

Sabe quando, nos filmes, o personagem sobe tanto que vê a Terra pequenininha? Redonda? E depois o Universo?

Então, foi assim que me senti. Quando estava bem lá no alto, senti como se eu fosse um BIG BANG, que  do “NADA”, fez-se carne. Naquele momento, era assim que eu me sentia, sem pai, sem família (moro em Maringá e minha família em Toledo).

Mas agora, enquanto redijo este texto, percebo que não foi “DO NADA” que nasci, assim como o “BIG  BANG”. Nasci da força vital, da energia que move o mundo e o universo, DO AMOR (ASSIM É).

Quando eu engravidei do meu primeiro filho, meu ex-marido me abandonou (na verdade, ele me abandonou desde sempre, desde que o conheci com 16 anos, sendo a mesma idade em que minha mamãe conheceu meu papai).

No meio disso, descobri traições e, agora, me dou conta do padrão de abandono vivido por mamãe. Eu a honro e deixo ir esse padrão.

Eu sinto muito biso, vovô, papai pela história de dor e sofrimento de vocês. 

Eu os honro profundamente, os deixo ir e peço permissão para fazer diferente daqui em diante.

Assim é.

Assim é.

Está feito. Está feito, está feito.

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