Escola, segunda casa.
Onde se passa a metade do dia
Cheia de ordens e esperança
Onde depende da Sabedoria
A escola está envelhecida
A metodologia cansada
Ambiente desapropriado
Deixa o real de lado
Na escola mestres desesperados
Alunos desinteressados
O Sistema que coordena
Sem ver o real lidera
Escola espaço da família
Onde todos deveriam participar
Com união e solidariedade
Transformar no ninho de caridade.
Diz: O mestre popular “Paulo Freire”
“Aprender e Ensinar,
“Caminho se faz no Caminhar”
“A escola da vida, ensina muito mais”
O aluno processa.
De modo auditivo e Visual.
- Como concretizar a aprendizagem
Com uma escola irreal.
Na escola da Vida
O aprendiz faz valer
Torna-se visto
Sente prazer
Na escola “Instituição”
O aluno está em agitação
Porque no meio de tantos
Muitas vezes não é visto
Agora, olho para o Colégios
Vejo, um ambiente sofrido
Indico a “Terapia e Pedagogia Sistêmica”
Para liberar, “Memórias dramáticas".
Assistindo este módulo olhei para minhas memórias e vi escolas onde estudei. A primeira escola foi a escola da vida, onde iniciei a leitura e escrita. Isso em casa, tendo como professora a prima Tereza, hoje minha comadre.
Com cadernos de papel de embrulho passado a ferro de brasa, costurado e com linhas riscadas com réguas e lápis, tudo feito em casa pela tia Preta. Ela sempre dizia: “Aprenda para ter bom emprego”.
Hoje vejo que era o jeito delas, com as memórias traumáticas que impediam de ver o mundo diferente, como se quem não era alfabetizada tinha que ter um emprego de má qualidade. Agora vejo que cresci pensando que só ia conseguir ganhar dinheiro se eu estudasse muito sentada num banco de universidade.
Queridos, queridas hoje eu entendo e vos torno livre dessa ideia.
O primeiro colégio que frequentei era uma escola religiosa, fui matriculada e comecei a estudar. Agora fazendo este curso de Terapia Sistêmica olho e busco a memória e percebo que era uma escola de elite. Eu era excluída.
Desde que comecei a ler, sempre gostei de poesias.
Essa primeira instituição que estudei, bloqueou-me. Esse bloqueio ocorreu na segunda série do primeiro grau, quando decorei uma poesia a pedido da escola para recitar no dia das mães e a professora impediu-me de apresentar porque talvez eu fosse pobre e tinha uma aluna mais rica com uma poesia mais bonita.
A partir dali fiquei desencantada e logo tudo que eu fazia não estava bom. Foi então que a mãe genitora fez a transferência da escola religiosa para o grupo escolar. A tal professora perdeu a sala por interferência do órgão maior da educação depois que a mãe genitora buscou ajuda com autoridades competentes da época.
Sinto muito. Sinto de verdade.
Tinha que ser assim. Assim foi.
Agora quero liberar essa memória pessoal e deixar meu pensamento liberto para escrever versos.
#mod05