Quem já ouviu falar em cobreiro!? Que lembrança linda, não do cobreiro, mas da minha amada, já falecida, vó Dalva.
Eu conhecia cobreiro como uma irritação na pele com bolhinhas inflamadas. Já tive umas três quando criança e quem me “curava” era minha avó. A emoção brota nos olhos em lembrar. Ela pegava com todo amor uma faca e contornava a irritação sussurrando algumas palavras. Era um benzimento.
Primeiro ano de escola fiquei doente, hepatite A, que na época conhecíamos como “amarelão”. Que conexão com essas memórias, parece que posso ver a cena da minha mãe me dando banho de picão. E mais uma vez minha vovó entra em cena, ela preparava uma “garrafada” que tinha como ingrediente várias especiarias. Muitas pessoas de todos os lados faziam o pedido. Era um conhecimento de família, e ajudava em muitas coisas, inclusive em hepatites mais graves. Ela não cobrava, a pessoa apenas levava os ingredientes.
Desde sempre estudo sobre chás, florais, remédios caseiros e quando nossas filhas começaram com desafios de saúde como bronquite, inflamações recorrentes de garganta, enxaqueca procurei recursos alternativos. Em uma destas buscas me deparei com as constelações sistêmicas e ela veio em um momento que nossa filha estava com uma tristeza profunda. Simplesmente me apaixonei.
Como já tinha certo conhecimento na área de desenvolvimento humano comecei a estudar e fiz uma primeira formação, depois outra e o universo conspirou a ser aluna da escola Real. Nada é por acaso, me identifico muito com a metodologia e a forma como tudo é apresentado. “O Essencial é simples”.
Me encontrei neste mundo. E como a mestra Olinda diz: “Constelação familiar é um estilo de vida.
Tenho uma outra paixão: Fitoenergética. Vou fazer um curso na área e aqui está bem claro para mim. Conversando com meu pai, há curandeiros na família. E olha que curioso, ele sempre me falava que a família fazia uso da Mezinha (remédios caseiros) e eu me perguntava o que era isso realmente. Olha a descrição que encontrei:
“Mezinha” ou meizinha, significa: remédio caseiro, ou mani-
pulado em farmácias do interior, geralmente com o uso de
ervas medicinais.
Além disso minha trisavó era de uma tribo, o sangue indígena corre forte e presumo que essa vontade de trabalhar com ervas e plantas venha desta ancestralidade paterna.
Fiz meu mapa numerológico e a primeira profissão como opção é “profissional de espiritualidade”. Tenho estudado, lido, pesquisado, sempre com o intuito de melhorar como pessoa. Ter uma vida mais leve, saudável e desfrutar o melhor com minha família e ao mesmo tempo auxiliar outras pessoas neste lindo e transformador processo.