Minha mãe é nascida e criada no interior de São Paulo onde teve uma infância muito difícil, pois perdeu seu pai com apenas 6 anos de idade em um acidente de caminhão e sua mãe, minha vó materna, criou sozinha 7 filhos, ela tinha uma deficiência no pé provocado por uma fratura mal curada e a deixou deficiente vulgo (cocha), teve hansenise e foi muito descriminada por isso, vida muita sofrida e de muita luta, mas com muito amor e união.
Minha mãe, com apenas 18 anos, casou-se com meu pai que tinha 21 anos, mesmo se gostando, o casamento foi antecipado, devido a minha gestação, imagine em plenos anos 80, uma jovem de 18 anos criada sem pai, engravida de um rapaz que não era da cidade, porque meu pai estava de passagem pela cidade com um grupo musical, e a engravidou.
Meu pai voltou para sua cidade natal, como tinha combinado com minha mãe de arrumar casa para busca-la e, neste período, toda família paterna sugeriu que meu pai não voltasse e que nós duas fôssemos deixadas para trás, que ninguém o encontraria na capital.
Mas, meu pai, como gostava de minha mãe e queria constituir família, voltou e nos levou para a cidade dele, e minha mãe se viu casada, com uma filha, um marido, separada da família toda, a mais de mil quilômetros de distância, várias angustias e duvidas, mas seguiram.
Hoje já fazem 33 anos que estão juntos com altos e baixos, muito ciúmes de ambos lados, porém, seguem unidos e em prol da família; tiveram outro filho e completou a família com 4 membros.
Após os casamentos dos dois filhos, eles tiveram uma crise feia que os fizeram decidir por separar por 3 meses, onde viram que se gostam e deviam ficar juntos, e assim fizeram, voltaram.
Meu pai é filho mais velho de um casamento dito teimoso, pois meus bisavós não queriam que a vó casasse por um preconceito porque o vô era negro e vó loira do olho azul e não deveria misturar (que preconceito feio, né?), como não tinha amor e a pirraça era muito grande, não deu certo e eles separaram e a vó ficou com 2 filhos, arrumou outro parceiro e deixou os filhos com os pais, meus bisos.
Vejo que faltou cuidado e amor para com essas crianças, e o ciclo se repetiu com o tio, filho mais novo da vó, pois a esposa foi embora e deixou 2 filhos com a vó para ela cuidar, quanto emaranhado, né?
Pois bem, meu relacionamento com meu esposo é bom, me sinto amada e o amo, temos um elo de amor, nossa filha que nos faz tentar todos os dias sermos melhores, e este curso também faz parte desse aprendizado e busca.
Eu sou assim; busco todos os dias me dar bem com eu esposo, ter uma vida em paz e tranquila entre nós três, porque não quero família desestruturada e cheia de sofrimento como dos meus ancestrais, não quero tristeza perto de mim.
Não é atoa que me chamo Leticia, que significa alegria, pois onde estou tem alegria e quero que isso permaneça, tenho uma alegria dentro de mim que emana e todos a minha volta reconhecem e, muitas vezes, falam, como é bom estar com vc; nossa, você é muito alegre, auto astral; claro que não são todos os momentos, mas a grande maioria sim, e se me vejo para baixo, logo procuro algo que me faça bem para me alegrar e mudar o animo.
#mod 2 aula 6
por fim nao tenho interesse de tornar publico este texto.