As Três Leis do Amor
Como a mestra Olinda Guedes sempre diz: “Constelação sistêmica é um estilo de vida”. Realmente se entendermos as três leis do amor que regem a nossa vida, o nosso sistêmico e colocarmos em prática, o fluxo da vida se abre e podemos desfrutar de uma vida mais leve e abundante.
Mas sem desafios!? Bom os desafios vêm para a nossa evolução, sem eles estaríamos estagnados, o perfeito está morto. Estas leis nos auxiliam a estarmos em nosso lugar dentro do sistema de origem e assim encontrar nosso lugar no mundo. Nos faz entender que todos pertencem independente da conduta estar alinhada aos valores da família ou não. Nos leva a perceber o quão importante é estarmos abertos ao equilíbrio entre o dar e o tomar.
Pertencimento: Na ânsia de pertencer ao sistema fazemos de tudo, adoecemos, empobrecemos, nos emaranhamos na infelicidade e até morremos. Mas também podemos prosperar, usamos nossos dons e podemos tomar a força que vem de nossa ancestralidade. Sempre bom lembrar que o mesmo amor que adoece é o amor que cura. Nesta lei é bom levarmos em consideração que todos pertencem e não é o comportamento que valida esta lei. Quando alguém é excluído ou julgado e criticado, futuramente um membro da família pode de alguma forma compensar essa exclusão, ou repetindo a história ou tendo uma vida voltada para o menos.
Ordem: Quem vem antes na família de origem tem precedência sobre quem veio depois. Se não respeitar a ordem vem os conflitos familiares, confusão, brigas, vazios, angústia, dúvidas. É preciso estar em nosso lugar. Pequenos perante nossa ancestralidade, grandes diante da vida.
Equilíbrio entre o dar o tomar: Quando tomamos da fonte, dos nossos pais, estamos abastecidos para oferecer o melhor ao mundo e abertos ao fluxo do recebimento. É preciso que em todas as relações exista esse equilíbrio. Eu doo, mas também recebo. Quando não tomo desta fonte posso ter desafios em tomar ou doar, me fechando para o fluxo natural da vida.
Antes de ter este conhecimento eu vivia fora do meu lugar. Ora eu era mãe dos meus pais, me sentia culpada pela vida que eles tiveram, sentia pena e dó. Me enfraquecia e enfraquecia a eles também. Eu queria ser a salvadora, quando um solicitava lá estava eu dizendo sim, sim e sim. Mediadora de conflitos que eu não pertencia e ainda me colocava como promotora, juíza. E a minha vida, a minha família constituída? Sofria com a desordem, mas os véus da ignorância não me deixam enxergar aquilo que estava diante de mim.
Graças a esses conhecimentos hoje estou no meu lugar. Sou filha, estou no meu lugar de 4ª irmã, sou pequena diante daqueles que vieram antes. A vida flui num compasso muito mais leve na minha família constituída, posso ser esposa e mãe. Me permiti tomar da fonte e passar adiante.
Às vezes saio do lugar, mas em minutos percebo e volto “bonitinha” para o lindo lugar que me foi concedido.
Agradeço profundamente ao universo por me conduzir a entrar em sintonia com as leis do amor, a este conhecimento sistêmico, que as vezes é desafiador no início, mas libertador.