Culturalmente o brasileiro tem costumes e tradições cristãs, com predominância para os dogmas católicos, onde nos é ensinado que devemos ajudar o próximo “custe o que custar”. Esse “ajudar” nos é ensinado através da caridade. O que é válido, desde que saibamos como ajudar.
Como diz o provérbio chinês: “ensine o homem a pescar e ele se alimentará por toda a vida”.
Bert Hellinger nos ensina no seu livro Ordens da Ajuda que: “Essa ajuda, pressupõe que, primeiro, nós próprios tenhamos recebido e tomado. Somente assim teremos a necessidade e a força de ajudar os outros, principalmente quando essa ajuda exige muito de nós. Ao mesmo tempo, pressupõe que aqueles que queremos ajudar também necessitam e desejam aquilo que podemos e queremos dar a eles. Caso contrário, a nossa ajuda se perde no vazio. Separa ao invés de unir. ”
Logo, precisamos compreender se estamos aptos a ajuda solicitada. E além disso, estarmos em nosso lugar, pois quando vamos além do que podemos dar e o que o outro necessita receber, nos emaranhamos com a situação que levou a pessoa a está naquela condição.
Somos mais fortes quando estamos no nosso lugar.
Haverá situação em que nada poderá ser feito, pois a pessoa que nos solicita ajuda nada faz para mudar sua situação, transferindo para outrem a responsabilidade pela sua condição, como também a ação para que ser resolvido.
Ou seja, culpabiliza os outros e ainda (muitas vezes) exige que eles resolvam sua vida, enquanto ele, que ainda está na criança à espera da ajuda e atitude dos pais, fica apenas de “braços cruzados”.
Conseguir compreender a si e a quem irá ajudar, é de suma importância para não criar emaranhamentos desnecessários. Senão serão duas pessoas juntas, sentadas no chão, de braços dados e chorando, lamentando por uma situação que agora é de ambas.
Como Hellinger nos orienta nas Ordens da Ajuda: “Também posso estar em sintonia com ele e permanecer em mim mesmo.
Não me entrego a ele, em sintonia com ele conservo a distância e, exatamente por isso, posso perceber precisamente o que eu posso e devo fazer quando eu o ajudo. ”