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O VÍNCULO DE AMOR INTERROMPIDO COM MEUS PAIS E A LEALDADE AO MEU SISTEMA

O VÍNCULO DE AMOR INTERROMPIDO COM MEUS PAIS E A LEALDADE AO MEU SISTEMA
Adriana Hey Gondin da Cruz
mai. 16 - 3 min de leitura
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Sou a terceira de 07 filhos, minha infância foi passando como um filme, vários insights referentes o conteúdo do módulo 2, foi como rever a minha infância e tentar resgatar o que ficou perdido para trás.

Meus pais, embora filhos de famílias abastadas, viveram de forma simples e muito escassez nos primeiros anos de casados;  minha mãe conta que quando soube que estava grávida novamente, neste caso eu a terceira, tomou vários chás com o intuito de provocar aborto, devido às dificuldades para criar mais um filho.

Ouvi esta história por anos, da necessidade de diluir o leite com água para amamentar eu e minha segunda irmã, que minha mãe não conseguiu nos amamentar com leite materno, que eu fui uma bebê muito doente, triste e fiz xixi na cama até os 11 anos de idade.

A lealdade no nosso Sistema Familiar é triste, porque eu, minha mãe e irmãs tivemos filhos não nascidos, honrando o sistema e carregando esta culpa por estas vidas que não tiveram permissão de seguir adiante.

Ao ler o livro Bésame Mucho, fui lembrando da minha infância não só de coisas que me marcaram de forma negativa, mas também do carinho dos meus pais; me recordo bem do meu pai deitado conosco debaixo das cobertas porque eu e minha irmã estávamos com sarampo, da minha mãe costurando nossas roupas, andávamos sempre bem vestidas e até hoje, apesar de não enxergar muito bem, a mãe ainda arruma nossas roupas quando precisamos com o maior carinho.

Os castigos, ah os castigos... minha mãe não batia, deixava de castigo no canto da reflexão e mesmo assim ela chorava quando nos colocava de castigo, afinal éramos 03 meninas e arteiras como todas as crianças.

Meu pai era mais severo e dava palmadas quando necessário, não me recordo muito porque meus pais não tinham este hábito, mas de todas às vezes que eu mereci um castigo ou apanhar, a pior lembrança que tenho foi quando meu pai soube que estava namorando um cara que ele não aceitava, e ao invés de me bater ele “cuspiu na minha cara e disse que tinha nojo de mim”; se pudesse escolher eu teria escolhido apanhar.

Quando nos tornamos adultos e olhamos para trás, para a nossa infância e para nossa juventude, percebemos que carregamos tantas dores que poderiam ter sido evitadas, porque no livro o autor expressa de forma tão clara e com exemplos maravilhosos a forma de como foram ditadas as formas de criar as crianças, em que foram aplicados métodos difíceis de assimilar, mas que de certa forma muitas gerações foram criadas assim, em que os pais acreditavam ser o certo.

Agora eu sei, e sei que sempre há tempo para mudarmos, não repetindo os mesmos erros com as gerações futuras, porque tudo se resume no amor de graça.

Que eu possa ser luz por onde passar.

Gratidão Mestra Olinda Guedes, a cada módulo um novo despertar para a minha cura interior e do meu Sistema Familiar.

#mod02

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