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FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES

FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DAS CONSTELAÇÕES FAMILIARES
Cristiane Queiroz Duarte
abr. 3 - 7 min de leitura
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Com base nas leituras propostas para sedimentar o conhecimento inicial das constelações, pode-se dizer que essa nova ciência a serviço do autoconhecimento e das relações humanas, teve seu início anterior a Bert Hellinger, (com a transgeracional, o psicodrama, a programação neurolinguística).

Porém, foi Hellinger quem a sistematizou de maneira a torná-la possível em termos práticos em diversos ambientes e áreas humanas, tais como: na educação, no direito, na saúde e na psicologia.

Embora diversificada, a constelação se norteia em princípios imutáveis que são as três leis sistêmicas: pertencimento, hierarquia e equilíbrio entre o dar e o tomar.

No livro “Meu trabalho, Minha vida”, podemos vislumbrar o caminho pelo qual Hellinger trilhou para chegar até o que se conhece como Hellinger Science. Ele pôde, por meio de sua observação atenta, analisar, acolher e integrar em si os próprios emaranhamentos. Com esse olhar profundo sobre a própria alma, acolheu o seu exterior e os outros com respeito e não julgamento.

Viver por um tempo na condição de padre trouxe a ele a capacidade única de escutar a alma humana, a começar por si e, depois, pelos outros. Dentro de tanta escuta, notou que  a vida é um sopro carregado de vozes ancestrais e ninguém escapa de repassá-las adiante, de maneira suave ou não.

Depois que se viu preparado a um próximo passo, Hellinger praticou a terapia em grupo, ao mesmo tempo que ia em busca de novas abordagens que o ajudavam a se conhecer. Ao mesmo tempo, empregava em outros o que aprendia. Até que, ao final de sua busca, viu-se diante do que conhecemos como constelação familiar.

O livro “A fonte não precisa perguntar pelo caminho”, tido como seminal, deve ser de consulta a todos que queiram conhecer as bases que norteiam a constelação, como por exemplo, tomar a vida dos pais, as ordens na família, o que causa as doenças e o que as cura, além de diversos temas do movimento da alma. Muitas de suas primeiras formulações presentes no livro sofreram alguma alteração durante o tempo, porque a constelação é dinâmica, é viva.

Esse é um livro mais filosófico que os outros iniciais do autor. Como dissemos, nos anteriores, ele já trabalhava questões sobre seus estudos. Porém, eles têm uma linguagem mais técnica e são puramente uma descrição das aulas de Bert, formando um compilado filosófico.

Ele contém as ideias, os pressupostos, os pensamentos de todo o caminho percorrido por Hellinger. Todas as afirmações que são abordadas foram ditas originalmente em cursos sobre constelações familiares. Essas ideias eram ditas como introduções ou esclarecimento intermediário. Ou até como resumos daquilo que tinha acontecido antes.

Ademais, há perguntas que surgiram de respostas dadas em entrevistas. Hellinger também buscou responder essas perguntas através do livro. Tudo que é abordado tem um contexto que traz identidade a elas. Assim, como vimos no sumário, não é um tema único, mas que viaja por todas as motivações do método.

No mesmo sentido, segue o livro “No centro sentimos leveza”. É também uma obra de grande relevância na temática sistêmica, por abordar a necessidade da alma em se libertar de julgamentos, culpa ou inocência, vítima ou agressor, e todos os elementos que subjugam e conflitam o interior humano.

As mais importantes conferências e histórias terapêuticas de Bert Hellinger foram revistas para esta primeira publicação conjunta. Elas foram longamente amadurecidas e direcionam o olhar para os elementos fundamentais do pensamento e da ação desse original terapeuta. Elas nos convidam a empreender um caminho epistemológico, mostrando-nos as ordens que condicionam o sucesso do amor. Ao mesmo tempo, conduzem-nos ao nosso centro, onde nos sentimentos profundamente recolhidos e em harmonia com o mundo tal como ele é. Esse centro se distingue pela sua leveza.

As conferências e histórias contidas neste livro giram em torno de um mesmo ponto central: a ordem fundamental de que dependem o sucesso ou o fracasso das nossas relações. Ao longo destes textos, Bert Hellinger aborda sem medo os tabus da inocência e da consciência, trazendo à luz as ordens que permitem que floresça o amor nos grupos humanos e entre eles. É um livro de sabedoria, fascinante e comovente, que nos remete ao nosso próprio centro como ponto de partida e de chegada.

Embebida dessa filosofia, a consteladora e psicóloga Olinda Guedes, em seu livro “Além do aparente”, convida a olhar para as leis sistêmicas com curiosidade e coragem, partindo do princípio de que, dentro da cultura cristã, há uma proximidade com as ideias sistêmicas. Em tantas passagens de seu livro, fica evidente o paralelo que ela faz com essas leis. Um exemplo é o de aceitar tudo como é, assim como admoestam as escrituras sagradas de “Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem...(Mateus 5:43-45)” p. 48. Isso mostra a necessidade de não se excluir ninguém, porque “todos pertencem, os bons e os maus, todos”. Faz-se interessante esse ponto de vista, porque fica claro que parte de sua percepção particular de ver o mundo e as pessoas a sua volta estão pautadas por essa linha. Em suas aulas, há sempre uma prece e uma música cristã, como forma de preparação para alguma constelação do dia.

Na mesma vertente particular, Olinda Guedes traz em seu livro  “O que traz quem levamos para a escola” um olhar para a educação e a dinâmica existente entre professores, alunos e a comunidade escolar. Trata de como trabalhar conteúdos sistêmicos em ambientes de aprendizagem e como aplicar, por exemplo, o “eu vejo você”, aceitando o aluno e sua história tal qual é, porque todos estão a serviço e a escola exerce um papel formador e muito importante na vida de um indivíduo.

Já em "Os Sete Experimentos Que Podem Mudar o Mundo", de Rupert Sheldrake, há uma maneira científica e desmistificadora de se compreender o campo morfogenético que se faz presente na constelação. Esse estudo de Sheldrake mostra os efeitos da ressonância em elementos de uma mesma espécie, independentemente de onde estejam, e como isso é transmitido geneticamente para as gerações posteriores.

O livro reforça o conceito não religioso ou místico que muitos tentam empregar às constelações.

Portanto, para que o texto não se perca a sua objetividade, compreende-se, afinal, que as constelações familiares, fundadas por Bert Hellinger, foram uma das grandes descobertas filosóficas e terapêuticas a serviço da humanidade. Basta apenas que se queira enxergar e ressignificar acontecimentos trágicos ou não, sobre um olhar amoroso a serviço da vida.

 

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