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GOSTARIA DE CONSTELAR MEU FILHO DO MEIO

GOSTARIA DE CONSTELAR MEU FILHO DO MEIO
Rosane Huergo
mar. 22 - 4 min de leitura
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Tenho 3 filhos: o primeiro, não nascido, gemelar com meu segundo filho, João Ricardo, de 25 anos, e minha terceira filha, Maria Lucia, hoje com 22.

Descobri a existência do meu primeiro filho, a quem chamo Igor, nas constelações épicas, há 01 mês atrás. Quando tomei conhecimento do ocorrido, pedi que ele me perdoasse por haver me esquecido que algumas semanas antes da confirmação da gravidez do João, senti uma pontada ou torcedura no meu ovário direito seguida de muita dor e sangramento. 

Comuniquei imediatamente ao meu marido e aos meus filhos que isso tinha acontecido e que a partir daquele momento passaria a reconhecer a existência dos meus três filhos. Isso deu uma nova ordem à família, afinal, o que pensávamos ser o primeiro, passou a ser o segundo, e a segunda passou a ser a terceira filha.

Minha filha disse sentir que foi um alívio para ela saber disso, pois agora ela não se sentia obrigada a seguir o exemplo do irmão mais velho, e nem a se diminuir para não apagá-lo, e que na noite anterior ela havia sonhado que o irmão João, estava fora do seu lugar na família, e isso o estava obrigando a assumir a responsabilidade de ser o exemplo para ela, de não poder errar e o impedia de ser quem ele realmente era e acabar a faculdade e seguir com a sua vida.

Ele já começou 4 faculdades, sendo 3 no Brasil e 1 na Holanda. Cursos de engenharia e economia. Ele é um rapaz muito bonito, comunicativo, inteligente e organizado. Ele rói unha desde criança. Já conversamos a respeito disso várias vezes. Ele se diz ansioso. Nunca aceitou a ideia de fazer terapia. Após um ano de estudos na Holanda ele retornou para o Brasil dizendo que só queria ficar perto de mim e do pai, como se ele quisesse ser acolhido e ganhar um colinho apenas. Foi muito difícil lidar com mais esse recomeço, afinal, ir para lá exigiu dele um esforço enorme financeiro e familiar. 

Ele afirmava não haver mais nada aqui para ele. Nós procuramos compreender e o acolhemos e abraçamos e amamos muito. Sofremos e nos preocupamos por essa dificuldade dele de não concluir o que começa. É como se ele tivesse saído daqui muito grande e voltado muito pequeno, talvez do seu real tamanho. E olha que ele mede 1.83m de altura.

Antes dele viajar para estudar, tive um pressentimento de que essa viagem se dava por estar acontecendo uma identificação dele com algum dos seus dois bisavós maternos. Ambos completaram os estudos básicos e não gostavam de estudar. Ambos eram estrangeiros, de ascendência espanhola e portuguesa. Fazendo pesquisa na família, descobri que o trisavô espanhol veio para a Argentina e depois para o Brasil fugindo da Guerra Espanhola e que abandonou amigos e família lá.

Chegamos até a fazer uma constelação mas a consteladora afirmou que não havia nada e que eu estava imaginando coisas. Como ela disse o que ele queria ouvir, nunca mais ele quis ouvir falar de fazermos outra tentativa e me pediu para parar de insistir.

Meu coração de mãe continua insistindo nessa direção e coração de mãe nunca se engana, não é verdade?

Minhas esperanças agora são de que constelar para meu filho possa abrir outras possibilidades de curar seu coração de criança ferida e que ele possa seguir seu caminho no amor e na convicção de ter encontrado seu caminho.

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