Sobre heróis e contos de fada infantis que foi o tema da aula 06 do módulo 06. É a ampliação do olhar, o que se apresenta além do que está explícito, como mensagens de abuso, ausência do masculino, amor infantilizado. E a gente quando criança escuta e se identifica.
Algo dentro de nós percebe como um leitor de código de barras universal.
Ao pensar em meus heróis e heroínas ela apareceu: a minha favorita era Shera, a princesa do poder. Ela tinha poderes mágicos e os usava para libertar seu planeta das terríveis forças do mal, era uma princesa que se tornou guerreira. Tinha um irmão, assim como eu, só que o dela se chamava He-Men. E ao final de cada episódio vinha uma lição de moral apresentando qual o significado do que havia acontecido.
No livro Conflito e paz - Uma resposta de Bert Hellinger há uma passagem assim:
Todos os heróis têm uma boa consciência. Mas o que fazem como heróis? Matam outras pessoas.
De que espécie é essa boa consciência?
— É a boa consciência de uma criança. Entretanto, leva muitas pessoas à morte.
Todos os heróis são crianças. Essa afirmação envolve naturalmente algum exagero. Contudo, se considerarmos mais atentamente, para quem eles olham em suas façanhas heróicas?
— São principalmente as mães que se orgulham de seus heróis.
E assim me pergunto o quanto da heroína citada foi preciso pra que eu buscasse a aprovação materna? Quem eram as “forças do mal” com que eu estava em conflito? Por que escolher a luta, ao invés da boa consciência de me colocar no lugar de pequena diante de quem veio antes?
E essas informações vão se acomodando em mim.