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HISTÓRIA - UM OLHAR NO PASSADO PARA ENTENDER O PRESENTE E CONSTRUIR O FUTURO

HISTÓRIA - UM OLHAR NO PASSADO PARA ENTENDER O PRESENTE E CONSTRUIR O FUTURO
Gisele Carvalho dos santos
abr. 5 - 5 min de leitura
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Meu Pai nasceu em Souzas, uma cidade do interior de São Paulo. A sua infância e adolescência viveu e trabalhou com a família no campo. O ensino não era valorizado, meu avô sempre lembrava os filhos que na escola  seriam punidos com reguada e que era melhor se aprendessem em casa com seus ensinamentos.

A vida no campo não era algo fácil e assim, na procura de um futuro melhor, vieram para Valinhos, onde meu pai e meus tios foram empregados em uma industria multinacional  de sabonetes.

Com determinação e creio que com muito receio, meu pai iniciou os estudos, fez supletivo e chegou a concluir o colegial. Lembro-me dos relatos dos professores fazendo perguntas para ele e a tensão que era lidar com isso.

Em paralelo, sempre se dedicou a trabalhos voluntários e religiosidade. Ele sempre dizia a mim e meus irmão da importância de buscar a Deus na juventude.

Meu avó quando veio para Valinhos trabalhou como construtor, meu pai o ajudou muito, tanto financeiramente como no trabalho em si, nas horas vagas. Aqui, precisamos nos recordar que, naquele tempo, os pais ficavam com o salário dos filhos. Meu pai contava que só ficava com o dinheiro das horas extras.

Meu pai casou-se aos 37 anos com minha mãe.

Mamãe nasceu em Socorro, outra cidade do interior de São Paulo e muito pequena ainda, com 3 anos, sua família foi para Pedreira, buscando sair da área rural, onde o emprego era mais fácil para uma família com 13 filhos.

Meu avô começou um trabalho informal com um carrinho de pipoca e a minha avó e os filhos mais velhos foram trabalhar na fiação.

Minha mãe ajudava desde pequena; de bicicleta ela recolhia garrafas vazias e vendia. 

Embora minha mãe tenha estudado somente até o 4 ano do primário, nunca relatou algo ruim desse período escolar, pelo contrario, ela demonstrava muita habilidade na comunicação, tinha boa memória, recitava os versinhos  que ela aprendeu na escola na época das festas juninas e que sabia de cor.  Ela ajudava a mim e aos meus irmãos nas lições de casa e fazia cálculos, o que alias, fazia mais rápido que na calculadora.

Minha mãe trabalhou em uma fábrica de porcelanas foi admitida após grande insistência com 13 anos e aos 15 anos foi registrada.

Meus Pais se conheceram e logo se casaram; tiveram 3 filhos. Minha mãe veio morar em Valinhos e juntos iniciaram um pequeno comércio; como minha mãe era muito habilidosa na comunicação, colocou-se a frente nas vendas. No começo era uma venda porta em porta, uma freguesia que meu pai conseguiu nos relacionamentos do trabalho, depois uma pequena loja no quarto, seguido de um espaço construído na frente da casa.

A loja cresceu e foi para um local maior. Meu pai era um ótimo administrador e minha mãe ótima em lidar com o público, tinham muitos clientes que iam para conversar e passar algumas horas lá.

Meus pais dividiam bem as tarefas, nesta altura meu pai já era aposentado e preferia ficar com as tarefas da casa, fazia a comida, a limpeza e cuidava da parte administrativa da loja. Minha mãe atendia os clientes junto com uma funcionária. Nós, os filhos fazíamos pouca coisa pelo comércio, dobrar roupas, coisas sem muita importância.

Meus pais em relação a família um do outro, somente iam em ocasiões especiais fazer visitas; com meu pai nós, os filhos, íamos todo final de semana ver meus avós e minha mãe ficava em casa. E quando minha mãe ia visitar seus irmãos, pois meus avós maternos já haviam falecido, não cheguei a conhecer, meu pai não acompanhava, exceto em datas comemorativas.

Analisando tudo que escrevi, penso que sempre me identifiquei com meu pai. Sempre tive medo dos professores, pois nunca tive habilidades com a comunicação, não tinha respostas rápidas, tinha dificuldades até em fazer uma leitura de um texto para a classe. Esse medo e dificuldades me fez desistir de fazer faculdade e me casar aos 18 anos.

Sinto que os traumas e bloqueios vem de memórias de meus avós por parte de pai.

Também essa vontade de ser professora, pois era meu avô paterno que ensinava os filhos em casa, deveria ser um bom professor. Quando se aposentou, lembro-me que trabalhava de guarda em um clube da cidade e adorava as crianças.

Aos 39 anos decidi fazer pedagogia e atualmente, com 47 anos, já tenho varias experiências na área da Educação Infantil e Educação Especial.

Estou nesta jornada liberando bloqueios e me conectando com meus antepassados.

Minha família querida, eu vejo vocês.

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