Hoje é o dia nacional da costureira; nem sabia que tinha esse dia, mas como nada é por acaso e sim providência, apareceu no meu facebook, então me peguei voltando no tempo lá na minha infância.
Cresci com minha mãe atrás de uma máquina de costura, viúva e com essa profissão ela não teve escolha pra sobreviver e sustentar os filhos o jeito era costurar, costurava dia e noite; tinha uma arte nas mãos e muitos clientes, até eu menina entrei na dança fazia barras, descosturava peças quando precisava, pregava botões,etc....
Mas gente, pensa a raiva que eu tinha da máquina da D. Maria, ela não tinha tempo para nós; tinha que prover o sustento, foram 50 anos costurando, tudo o que nos deu estudo, alimentos e presentes vieram sempre da máquina de costura.
Sempre fui muito obediente, então, só ia para aula após lavar a louça do almoço; aprendi muito cedo a cuidar da casa e também do meu irmão 11 anos mais novo. Foram dias difíceis mas nunca nos faltou nada e o que me lembro muito hoje é a alegria e o sorriso no rosto que minha mãe sempre carregou, apesar de todas as dores e dificuldades.
Hoje tenho consciência de tudo isso e sei que amor se dá de várias formas e o pão na mesa, estudos e roupas também são demonstração de amor.
Gratidão minha mãe por me amar tanto e para provar que não tenho mais raiva da sua máquina, hoje eu tenho uma que foi você que me deu e consigo até fazer algumas peças simples, porque todo esse tempo, inconscientemente, ela me ensinou a costurar.
Agora eu sei, e máquina de costura, te dou um lugar no meu coração e na minha vida.
Obrigada mamãe por me ensinar a costurar quando eu era adolescente e, na época, não imaginava o quanto era importante na sua vida essa linda profissão. (constelei mas uma questão na minha vida com esse texto, que alegriaaaaaaa.).
Gratidão Mestra Olinda Guedes.