DÚVIDA : O PROCESSO DE INCLUSÃO PODE NOS RECONECTAR À VIDA E AOS NOSSOS VÍNCULOS?
Sou da Turma 1 da Formação em Constelações Familiares Online e me recordo ,que em determinada aula, nossa Mestra Olinda Guedes comentou que a cada leitura muitas fichas cairiam e que iríamos ao longo do curso agregar muitos conhecimentos , que nos libertariam de emaranhamentos e fidelidades sistêmicas.
Já que cura é jornada, compreendemos que quanto mais conhecimento e transformações , mais curas se processam e mais abertura de consciência vai ocorrendo, até chegarmos em um momento em que experimentaremos a paz, pois todos terão um lugar em nosso coração, todos terão direito a pertencer dentro do sistema.
De um certo tempo para cá, venho observando e sentindo mais cada fato ou atitude, isto é, venho apurando o meu olhar sistêmico.
E dentro desse olhar, tenho visto o quanto meu filho de 23 anos tem dificuldade de estabelecer relações afetivas saudáveis. Teve duas experiências bastante significativas, onde a primeira ao longo do relacionamento se transformou em “garota de programa”.
Essa relação foi muito tumultuada ,já que ele se negou a admitir essa dura realidade. Partiu da parceira assumir essa atitude, que culminou no término do namoro de 7 anos ( dos 15 aos 22 anos). Por várias vezes se separaram e voltaram.
A mãe da garota a incentivava à prática da prostituição como renda alternativa.
Após um ano ele se envolveu novamente com outra garota, que tinha comportamento extravagante e ao posicionar- se diante dela dizendo de sua intenção de namorar e estabelecer vínculo de respeito e fidelidade ela o deixou; dizendo que era um preço muito alto pra ela pagar e que estava disposta a viver com liberdade. Ao analisar o sistema familiar dessa garota percebi que ambas as avós, materna e paterna eram prostitutas.
Tenho notado, por parte de meu filho, extrema desilusão diante de relacionamentos afetivos e uma tendência a procurar por profissionais do sexo com certa regularidade. Outro fato que me chama a atenção é sua reações diante de crianças.
Diz que não pretende ter filhos ou colocá-los no mundo para sofrer.
Não há explicação para essa atitude já que em sua família de origem não experienciou negligência ou abandono.
Porém, ao analisar o meu sistema familiar materno descobri que meu pai apaixonou-se quando jovem por uma prostituta e que carregava sua foto na carteira. Minha avó descobriu, repreendeu meu pai e rasgou a foto. Após casado meu pai teve novamente uma relação extra conjugal com uma garota , que também fazia programas. Ele se apaixonou por ela e só não deixou minha mãe ,porque a moça não o quis.
Do lado paterno descobri muitos abortos e filhos não nascidos , mas principalmente filhos não assumidos de avós e tios do meu filho, com amantes e prostitutas. Cheguei a conhecer alguns. Muitos! O pai do meu filho, em um segundo casamento, não permitiu o nascimento do fruto dessa relação ( aborto).
Segundo a Mestra , quando acolhemos a verdade no coração o caminho de cura se abre e podemos experimentar uma sensação de alívio.
Senti que precisava acolher essas mulheres em meu sistema . Foram importantes, pois abriram mão de muitas coisas em nome de sua profissão: Família, filhos, vínculos, reciprocidade, prazer, identidade.
Minha pergunta é:
Que movimento eu, como mãe, posso fazer para auxiliar o meu filho a se reconectar com a vida e o amor que experimentamos em uma relação afetiva saudável?
Porque sinto que está a serviço de inclusões.
No livro de Eric Berne ,” O que você diz depois de dizer olá?” deixa bem claro ,que ao procurar uma prostituta há uma dinâmica de indisponibilidade para dar e receber e de estabelecer vínculo.
Foi essa leitura que me despertou esse insight.
Amada do meu coração,
Recomendo que traga este tema para ser constelado por mim! As explicações você já tem. Agora precisa resoluções!
Um abraço com muito carinho.
Olinda Guedes