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INICIANDO A JORNADA DE RESGATE DO MASCULINO

INICIANDO A JORNADA DE RESGATE DO MASCULINO
Shirley Martins Menezes Svazati
set. 11 - 3 min de leitura
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Interessante como tudo na vida nos conduz para a resolução do que está além do aparente, do verdadeiro problema.

Hoje entendo que a energia de dor gerada ao longo da existência de cada sistema persiste, permanece, se mantém como atual, presente.

Não tem validade, rótulo de passado, de antiga.

Até que seja de alguma forma transformada, continua sendo, trazendo desconforto, dor e reações às questões cotidianas que possuem uma mínima semelhança com as que já foram vivenciadas por nosso sistema familiar, não importa em que momento.

O autoconhecimento e a ajuda do campo, aberto já no desenhar do tema e da intenção que seriam trabalhados na constelação, permitiu assimilar informações preciosas.

Passei a ver com clareza que em meu sistema, as mulheres sempre foram muito fortes, tomavam as rédeas, cuidando de tudo e de todos. Talvez por isso, tinha a sensação de que cuidar era uma tarefa um tanto pesada.

Recuperei muitas memórias pessoais relacionadas a essas questões, com registros desde antes de meu nascimento, quando estava na barriga de minha mamãe. Também tive acesso a muitas memórias de gerações anteriores, tanto da parte materna como da paterna, que parecem terem sido adotadas por mim.

Trazia comigo muitas desilusões das mulheres de meu sistema.

Tudo foi confirmado durante a constelação. O masculino não tinha espaço, não pertencia, sentia-se incapaz e de confiança traída. A energia masculina pedia para ser vista, resgatada, cuidada, compreendida.

Essa força já presente nas mulheres de minha família, faltava ser retomada pela figura dos homens, seus senhores naturais, conforme a vontade de Deus.

Passei a entender e a sentir que era o momento de olhar com cuidado para todos os pais desse sistema. Os incluir. Reconhecer seu valor e a capacidade de prover a família, de cuidar da esposa e dos filhos, de fornecer tudo que precisam.

Reconhecer sua capacidade e força amorosa para proteger e orientar para o futuro.

E então, senti necessidade de pedir permissão às mães para chegar aos pais. De agradecer e reconhecer tudo que as mães fizeram e dar aos pais seu lugar de importância. Agora vejo, que permitir que o pai seja incluído e empoderado, não enfraquece o valor e não diminui a importância de todas as atitudes guerreiras que as mulheres tiveram.

A temática trabalhada pela professora Olinda Guedes na escola real, posteriormente à constelação, foi um lindo presente de Deus, trazendo a possibilidade de dar continuidade ao rico processo conduzido amorosamente por Juliana Lauandos.

Em uma das aulas, quando Olinda explicava sobre a necessidade “de chamar o masculino de volta para casa”, uma observação se mostrou fundamental: “os homens precisam do amor de graça”. 

Pude então me abrir de fato para essa inclusão, para a reconciliação com o masculino em meu coração. A reconciliação amorosa e que libera do julgamento, da cobrança. Esse seria o início de uma verdadeira parceria entre feminino e masculino, um recomeço para que ambos, juntos e com amor, possam tornar a vida mais fácil e feliz.

Gratidão meu Deus, Olinda, Juliana e todos os demais para fazem parte desse processo.

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