Em 16 de dezembro de 1925 nascia Bert Hellinger, e acredito que ali iniciava um novo propósito da supremacia universal Deus ou o nome que se entender melhor dar.
Uma história de vida muito expressiva dentro de uma realidade impositiva de dor e impacto mundial, Bert Hellinger trilhou caminhos do conhecimento teológico e filosófico.
Encontrou-se no estudo do ser humano na psicologia. Sua vontade de entender a engrenagem humana o fez, através de uma profunda observação da convivência de pessoas numa determinada região africana, experimentar e documentar regras que emanavam naturalmente daqueles indivíduos.
A maneira que se relacionavam despertou em Bert Hellinger a identificação de que o observado nascia de um amor genuíno e que essa era a grande ferramenta que mantinha os relacionamentos em equilíbrio.
Desta maneira, por uma análise empírica de anos, pode indicar as três leis basilares que fundamentavam o bom relacionamento humano. À essas Leis que chamou de leis do amor, Bert Hellinger afirmou serem regras universais e determinantes, como leis da física que se impõe de modo a não haver questionamento a exemplo Lei da Atração.
Observou também a existência de sistemas familiares, clãs, dos quais há uma energia que os precede e que os procede.
As três leis do amor – hierarquia, pertencimento e equilíbrio se perpassam por todos os seres humanos e por todas as gerações.
Hierarquia – quem vem primeiro precede aquele que vem depois e ainda que tenha essa característica de obviedade, há de se denotar as várias quebras de hierarquia na vida, quando filhos se compreendem pais de seus pais.
Pertencimento – todos pertencemos, independente do que realmente foi a nossa história, todos pertencemos mesmo aquele que muito mal fez ou que causou vergonha aos demais do sistema todos pertencemos.
Equilíbrio – recebemos e damos /damos e recebemos o movimento do caminhar, pé direito, pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo se o passo for maior resulta no desequilíbrio. Os relacionamentos humanos seguem essa gangorra.
O que mais se destaca nessa filosofia hellingeriana é que são verdades identificadas de maneira muito profunda e que já estão incluídas em nossa existência desde os primórdios, o que se consegue verificar na análise da história da humanidade.
Nesse sentido, as leis do amor possuem essa denominação porque são oriundas de sentimentos vinculares entre seres.
Os vínculos acontecem por parentesco, afinidades ou situações desafiadoras como um acidente, um crime ou uma ajuda. Então, pessoas se incluem em nosso sistema de varias maneiras, e vice-versa. Essa absorção ao sistema se baseia também nas chamadas leis do amor.
Vivemos então uma grande colcha de retalhos em que todos existem, somos os retalhos. Em que todos se possuem um lugar nessa colcha - ou esse sistema – vai se contraindo ou se dilatando, se amoldando, se ajustando, pois o objetivo do sistema é sempre se equilibrar e se manter bem.
Cada ingresso de pessoas em nossas vidas são pessoas se emaranhando, cada situação de convívio são nós de emaranhamento e cada pacificação são curas do sistema.
O estudo dessas leis do amor reflete em várias áreas do conhecimento, mas em verdade impactam mesmo é o próprio conhecimento. Descobrir que temos a capacidade de curar o nosso sistema pessoal através da adoção de uma vida sistêmica e de um olhar amoroso pela vida fortalece o desejo do bem estar coletivo.
Conhecer o vida de Bert Hellinger já é algo encantador, mas querer beber da mesma água alegra mais ainda o coração.
Acho que esse é o amor que o mestre pregava, e que ficou um pouco distante da nossa realidade por pura ignorância humana.
Servir o amor, estar disponível para o amor, crer no amor, essa é a missão da humanidade.