Tomar consciência sobre sintomas e doenças é instigante, mexe com o cotidiano, com a essência. Somos seres humanos e consequentemente com sintomas, os quais sentimos e infelizmente adoecemos.
O que são sintomas? São considerados pela humanidade como obstáculos, que nos impede ou dificulta a realização de algo. É um pressentimento ruim. São inimigos internos para a maioria das pessoas. A humanidade sempre trouxe essa percepção a qual foi repassada de geração em geração.
Na visão sistêmica onde se enxerga e compreende o todo, cada sintoma ou doença está relacionado a alguma memória pessoal ou transgeracional, que se comunicam através de gerações. Implicando assim, em um olhar diferenciado sobre esse aspecto.
Nas constelações sistêmicas, sintomas são bem-vindos. São tratados como aliados, como anjos, possuem informações importantes para cada um de nós. São mensageiros para que possamos transformar nossa vida e termos qualidade de vida.
Todo sintoma pede transformação, seja ela pequena ou grande, logicamente, dependendo do tamanho do sofrimento. Quanto maior o sofrimento causado pelo sintoma, maior a mudança exigida em nossa vida para que a saúde possa ser restabelecida. Quanto menor o sintoma, menor a transformação a ser realizada.
Os sintomas se dividem em simples e graves.
O sintoma simples demanda pouca mudança na vida do ser humano. Como exemplo o resfriado. Na visão sistêmica, precisa-se de limites, de dar mais atenção, tempo para você. Está sobrecarregado. Ao fazer a mudança, se dar ou impor limites; ou caso opte por não fazer, o sintoma desaparecerá.
Ressalta-se que há pessoas que vivem resfriadas. Tal acontecimento deriva-se de não tratar a causa, somente o efeito com alopatia, o que é respeitado. Mas os sintomas irão se perpetuar, se tornaram crônicos. A causa não foi extinta. É preciso tirar debaixo do tapete o que de fato está ocorrendo em sua vida, seja pessoal ou profissional.
Sintomas simples, requerem mudanças simples. Não significa que o simples seja fácil, só é simples! Fácil é o que fazemos todos os dias, é o cotidiano, a rotina. O complexo pode ser mais fácil do que o simples, a depender da prática. Tudo é um ponto de vista diante do mundo de cada um.
Ao tratar as causas, os sintomas serão resolvidos. Caso não cuide da causa, o sintoma sairá do crônico para o grave, será uma ameaça à vida. Quanto mais grave, importante e ameaçador for o sintoma, mais esse sintoma trará qualidade de vida. Maior será a complexidade, a transformação, a mudança, e a conversão exigida.
Não se vitimize! Não se entristeça! Seja o protagonista de sua vida. Não faça o que você prefere. Faça o necessário, e os milagres acontecerão!
Quando se tem algum sintoma é normal e plausível ir ao médico, tratar pela medicina alopata, o que não impede em conhecer o que a homeopatia diz sobre aquele sintoma.
São modos distintos de tratamento. Uma cuida do efeito, a outra a causa, o modo sensorial. Na causa está a cura. Nos efeitos estão a possiblidade de termos suporte para realizar as mudanças necessárias como fisioterapia, exames laboratoriais, de imagem. Tudo que se fizer necessário para que o sofrimento dê lugar a cura, ao milagre, a transformação, a saúde do corpo e da alma, ao bem viver.
E por que não conciliar as duas medicinas? Será um tratamento completo! Para isso acontecer é preciso se livrar do julgamento interno e externo, silenciar, se permitir e experienciar. Desafiar-se para que o milagre ocorra em sua vida.
O sofrimento é tido como castigo, mas não é. É simplesmente o resultado das nossas próprias atitudes ao longo da vida. É assustador essa descoberta, parecer contraditório, mas não é.
Diante da ignorância em que vivemos, situações como essas não têm o hábito de serem exploradas. Há uma pequena parcela da população que detém acesso a esse tipo de conhecimento.
Essa informação poderá ser repassada a um número inimaginável de pessoas, mas será necessário o ser humano estar disposto, aberto a percorrer o caminho do autoconhecimento, da busca pelo eu, pelo seu passado o qual interfere diretamente em nosso cotidiano, em nossas vidas.
Não é uma tarefa fácil. Demanda curiosidade, atenção, sair da caixa, procurar pelo novo, se permitir!
É preciso estar atento aos sintomas, não se pode ignorá-los. Se faz necessário ouvir o que ele quer de nós. Parar, respirar, se perguntar: o que está acontecendo de errado? Estou feliz com quem estou vivendo? Estou feliz onde estou vivendo? Estou feliz com o trabalho que desempenho? Essas perguntas te levarão para um nível de consciência plena, onde perceberá que será preciso realizar algum ajuste em sua vida.
Bert Hellinger, nos diz que,
“Uma constelação familiar não cura doenças. A doença é frequentemente uma expressão de emaranhamento do espírito, uma desordem no sistema familiar.
As Constelações Familiares Originais Hellinger® (Familienstellen) curam algo na alma. Elas trazem coisas que eram "deslocadas" no indivíduo e na alma da família (no sistema) de volta para o lugar certo. Com isso, algo é colocado "em ordem". Através da ordem que foi criada, é possível que a doença se torne supérflua.
Mas é importante saber que nem toda doença é uma expressão de desordem familiar sistêmica, nem são tais desordens as únicas causas de doença. Isto é especialmente verdade para doenças graves, como o câncer.
Embora tais doenças sejam frequentemente acompanhadas por um emaranhamento sistêmico, não podemos dizer que esse emaranhamento seja a causa do câncer, nem podemos fazer o câncer desaparecer com uma constelação.
Ela é, naturalmente, extremamente útil e curativa de muitas maneiras. Até que ponto ela realmente influencia o curso da doença, nós não sabemos. No entanto: às vezes os milagres acontecem, e talvez possamos contribuir um pouco com uma constelação para que a alma se prepare para um milagre.” Melhoria da saúde - Hellinger
Enfim, os sintomas, as doenças poderão ser minimizadas em nossas vidas quando as mudanças ocorreram no íntimo do nosso coração. Não são mudanças superficiais. São profundas, são movimentos espirituais. Será uma verdadeira conversão.
“Na maioria das vezes, você não precisa de um novo caminho, mas de uma nova forma de caminhar". Bert Hellinger