Nesse módulo sobre sintomas cotidianos observei em meu sistema familiar o falecimento de 3 primas em decorrência de problema pulmonar crônico e de minha mãe que passa por isso até hoje e todos os profissionais sempre falaram que teria que conviver com isso e prescreviam vários medicamentos que só foram paliativos.
Lógico que a idade de minha mãe contribui para o agravamento (90anos) mas, pelo que sei de meus antepassados, havia muito sofrimento; meus bisavós vieram da Alemanha, passaram muita necessidade, escassez de alimento, financeira, amor ...
Segundo minha mãe , meus avós eram pessoas muito simples e pobres, mas, faziam de tudo para prover a família. Meu avô que sofria de asma trabalhava dia e noite como marceneiro, carpinteiro e minha avó cuidava dos afazeres domésticos.
Minha mãe estudava e vendia morangos para ajudar na renda familiar, quase não teve tempo de ser criança. Sempre foi submissa e levou isso para o casamento, onde não se posicionava em nenhuma situação que exigisse uma atitude dela.
Fazendo a leitura do livro "A verdade Sobre o Sofrimento Humano", de autoria da Nossa Mestra Olinda Guedes, comecei a entender o significado do que está por trás desses sintomas de memória pessoal e transgeracional.
Quanta tristeza em relação a vida, a existência, desesperança se fizeram e fazem presentes na trajetória da vida de minha mãe e de todos os que a antecederam. Família com vários filhos, vínculo de amor interrompido, impossibilitando-a de ser feliz e ter uma vida mais plena, e os constantes ataques de tosse comprovam que nunca soube se expressar e que muitas coisas ficaram sem ser ditas e que, mesmo no limite, continua guardando um silêncio sem fim.
Agora eu vejo, mãe. Agora eu sei!