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MEU TRABALHO. MINHA VIDA

MEU TRABALHO. MINHA VIDA
Raquel de Magalhães Junqueira
jun. 15 - 15 min de leitura
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DADOS DA LEITORA

Nome completo: RAQUEL DE M JUNQUEIRA

Curso: CONSTELAÇÃO SISTÊMICA Turma: 04__

Data: _08/06/2021_

 

DADOS DO EXEMPLAR LIDO

Título: MEU TRABALHO. MINHA VIDA.

Autor(es): BERT HELLINGER_

Editora: __CULTRIX – SÃO PAULO_______

 

. Qual a mensagem global que o autor deixou para você? Resuma em, no máximo, 4 linhas.

Ao narrar a trajetória de sua vida neste livro, Bert Hellinger nos proporciona um verdadeiro salto quântico! Como uma cura, uma visão além do alcance. Nos relata uma vida de presença, de compromisso, de ação e de verdade. Nas diversas situações pelo qual passou ele vai descrevendo sabedorias de vida, de se relacionar, de enfrentar, e principalmente, do amor em ação. E dentro deste contexto, como surgiu a Constelação Familiar.

. A partir do que você leu, enumere 10 dicas para você criar excelência para sua vida.

1 – Confie no que a vida traz como experiência, seguindo a sua essência. Sem se convencer ou se acomodar para se adaptar àquilo que não se encaixa mais. Siga o que você sente que deve fazer. Muitas vezes, parece que não se encaixa, ou que será difícil demais, mas acredite no que você sente.

Foram duas passagens no livro que me emocionaram muito que me fez perceber esse aspecto. Primeiro na saída do Bert Hellinger da Igreja. É um relato lindo, onde ele percebe que ali não era mais o seu lugar. Um fechamento de ciclos e encerramentos.

E em segundo, a passagem em que conta sobre os trabalhos com os judeus, e as declarações de que os judeus deveriam orar por Hitler, enxergá-lo como humano para poder encerrar seus conflitos por terras, com árabes, etc. para curar dentro de si o que foi feito com eles.

Ele sentia o que a polêmica que aqueles depoimentos poderiam despertar nos alemães (pois é muito mais fácil colocar todo esse horror na figura de um e dizer esse aspecto não existe em mim como alemão), e mesmo assim o fez, porque sentia que aquela era a verdade, e não podia deixar de fazê-la por receio de enfrentar o que estava por vir.

Hellinger enfrentou muito mais que imaginava, acredito que deva ter sido uma das épocas mais desafiadoras de sua jornada. Mas a partir daí, dessa rejeição na Alemanha, foi que a constelação começou a ir mundo afora. Inclusive, como ele relata, apoiado por judeus. Incrível;

2 – As três ordens do amor: Pertencimento, Hierarquia e Equilíbrio entre dar e receber. As ordens do amor são os primeiros ensinamentos que temos ao estudar constelação. Estamos sempre falando e lendo sobre estas ordens. E ler Bert Hellinger descrever as ordens do amor não poderia passar despercebido.

As citações sobre a consciência coletiva ou de grupo, como uma força que une todos e a consciência pessoal, sentida pelo indivíduo, que serve ao pertencimento e a sobrevivência pessoal.

A abordagem em que hierarquicamente a consciência coletiva não permite que os que vem depois se intrometam nos assuntos de seus antepassados, e que isso pode ser devastador, a forma como relata; e, por fim, quando fala do equilíbrio do dar e receber e que essa determinação vem da nossa própria consciência;

3 – O relato dele de quando devemos ficar em silêncio (página 247). É maravilhoso. Nos diz que quando queremos dizer nossa opinião a alguém, em geral, é melhor não falar.

Que quando guardamos conosco, em vez de sair, o movimento entrará e como efeito, percebemos o porquê daquela necessidade. Simplesmente porque vou carregar o outro com algo que diz respeito a mim, pois a opinião pertence somente a mim. Ela é a sombra de minha luz. Ao guardar nossa opinião quando queremos descarregá-la em cima do outro, temos a oportunidade de ver nossa sombra, e, consequentemente, entender onde mora a nossa luz;

4 – Confiança. Bert Hellinger nos passa esses ensinamentos relatando quando e como ocorreu na vida dele. Não são teorias encontradas por aí. São reflexões sinceras e verdadeiras pelas quais ele teve que passar. Isso torna tudo tão real, tão verdadeiro.

A citação sobre confiança foi no capítulo em que ele relata quando deixou a Igreja (pág 76). Ele nos diz: “Sinto confiança quando renuncio ao controle. Com confiança, deixo algo meu para outra pessoa. Ela o aceita, porém à sua maneira especial. Não posso intervir quando confio.

Tenho que me adaptar. Assim que começo a duvidar e a tomar providências, para que ocorra algo além do que eu havia imaginado, assumo eu mesmo o controle e a confiança cessa. Aquele ou aquilo em que antes eu havia confiado acaba por afastar-se de mim.” Essa relação que ele traça da confiança com o controle é perfeita;

5 – No capítulo 6, Bert Hellinger relata na sua história a parte de capacitação terapêutica e o casamento e fala sobre relacionamento conjugal entre homem e mulher.

Aprendi que na ordem do amor, ambos precisam se reconhecer como iguais dentro do relacionamento. Nos mostra que o masculino está ligado no feminino e vice-versa. Um para o outro, somente permanecendo no seu lugar, de homem e mulher e a apropriação de cada um do seu masculino/ feminino para que o outro possa entrar em sua vida de maneira saudável. Tão simples.

Agora, se existir algum outro motivo para um querer o outro (por segurança, um pai ou uma mãe, sustento, proteção, melhorá-lo) isso por si só já corrompeu o amor e o futuro saudável daquela relação;

6 – Tem um momento discreto que Bert Hellinger conta no livro sobre um contrato que ele assinou ao iniciar a formação no Instituto de Janov para terapia primal (página 117), e ao relatar isso ele cita sabedorias que foi um divisor de águas na minha vida.

Ele comenta que não leu direito o contrato e assinou de imediato, ficando tranquilo, principalmente por ser rápido em prometer as coisas. Que ele promete, mas considera somente o que acha correto e diz sem preocupação que nesse sentido, ele encontra-se inteiramente além da moral.

E então, vem as sábias palavras: “Com efeito, quando alguém quer uma promessa é porque não a merece, mas faço mesmo assim. A pessoa fica satisfeita, e eu, livre.” Que leveza de viver, que bom humor, que sabedoria;

7 – Sentimentos primários, sentimentos secundários e sentimentos superiores. Bert Hellinger nos ensina que os sentimentos primários são aqueles relacionados a uma situação real, como a morte de um pai, uma separação precoce da mãe, a morte de um filho, etc. Que nesses sentimentos os olhos estão abertos, e quando nos tornamos testemunhas dos mesmos, podemos tomar parte neles sem renunciarmos a nós mesmos, o que nos faz sentir enriquecido e mais humanos.

Nesse sentimento primário, o indivíduo está totalmente concentrado em si mesmo e tem força. Com ele é possível agir. Do sentimento primário vem a força para a ação.

Já com os sentimentos secundários, é diferente. Esses servem a rejeição de outro sentimento e nos enfraquecem. São os substitutos da ação. Os sentimentos secundários servem a rejeição de uma solução e com eles, o problema é mantido.

Por essa razão a solução é se esquivar desse sentimento, de preferência com bom humor, fazendo piada para que passe, porque o sentimento secundário só existe na presença de outros. Ele não compensa sem público. E o mais curioso: muitas vezes o verdadeiro sentimento por trás daquele secundário é exatamente o contrário daquele demostrado.

Os sentimentos superiores, os quais ele chamou de metasentimentos, são pura força. São eles a coragem, a serenidade, a alegria e a sabedoria. E finalizo com uma citação que apreciei: “... a sabedoria também é um sentimento. O sábio sabe se algo funciona ou não. Por isso é sábio. Não sabe mais do que os outros, mas sabe o que funciona.";

8 – Tudo é uma construção na vida. Essa percepção ficou mais forte em mim, entendendo que a Constelação familiar de Bert Hellinger não caiu do céu para ele, como uma ideia que vem do nada.

Foi um conhecimento formado através de todas suas graduações, seus estudos, suas práticas de vida, as experiências pelas quais passou e por ter estado sempre atento as suas vivências, aos relatos, enfim, foi um conhecimento concluído através de anos e anos de vida de trabalho, observação criteriosa, estado de presença total e dedicação;

9 – Somos bem-sucedidos quando aquilo que empreendemos serve a vida. E nesse sentido, o maior sucesso é um filho e, mais tarde, tudo o que o torna apto para a vida, até que ele possa transmiti-la. “Aquilo que conseguimos fazer de um modo que sirva a nossa vida e à alheia é um sucesso permanente. Com essa realização, a vida é mantida e transmitida.” Bert Hellinger;

10 – Temos dois fios condutores em nossa vida. Um na mão direita e outro na esquerda. O fio da mão direita, espesso e com o qual podemos contar sem dificuldade é a nossa boa consciência.

Ele só nos conduz até certo ponto em nossa vida, porque no final dele, em vez de nos fazer prosseguir, ele nos trás de volta ao ponto de partida. Nele, distinguimos o bem e o mal, e assim, nosso amor chega ao fim.

“A claridade, na qual nossa imagem é alterada pela chama da consciência ruim permanece apagada para aqueles que confiam em sua consciência boa. Eles sempre retornam ao mesmo ponto de partida, onde se orientam brevemente, encontram tudo em ordem e começam o jogo mais uma vez” Bert Hellinger.

Já o fio condutor da mão esquerda, sentimos no afeto e no amor incondicional, por tudo e por todos, tais como são. No afeto pelo bem e pelo mal em igual medida, para além de nossa inocência e nossa culpa.

Com a orientação desse fio, paramos a todo instante, para sentir se ainda o seguramos, o sentimos e só então seguimos orientados por ele. A percepção de que ainda seguramos esse fio e seguimos orientados por ele, vem de uma paz profunda, para além da pressa.

E ao fim de nossa jornada todas as coisas parecem como são e sentimos pacificamente conectados a todas as coisas tais como são, com um amor que tudo abrange.

“Quando reconhecemos os limites de nossa consciência pessoal e as superamos em sintonia com os movimentos do espírito e com o auxílio da consciência espiritual, a nova constelação familiar torna-se até mesmo um caminho para ultrapassar fronteiras entre povos. Reunimos o antes se opunha.” Bert Hellinger.

. Considerando a realidade onde vive, o que você aplicou, imediatamente, assim que leu?

Comecei imediatamente a aplicar o silêncio. Toda vez que quero emitir uma opinião a alguém, algum fato ou alguma mídia, me pergunto se aquilo vai contribuir ou se é apenas algo meu que preciso por para fora. Caso seja a segunda opção, silencio, permitindo o movimento citado pelo autor, a percepção naquela opinião da minha sombra, que é inclusive o contraste da minha luz. Para aqueles que estão dispostos, esse exercício é maravilhoso para o autoconhecimento;

Comecei a olhar para meus sentimentos secundários, aqueles que precisam de público e que me paralisa. Quero me fortalecer, e parar de me enfraquecer com esses sentimentos. E como aprendemos a lidar conosco ao se propor algo assim! 

Vamos ao encontro às nossas verdades.

Procuro o porquê delas, e o do quê estou fugindo ao procurá-las (já que normalmente nesses sentimentos secundários se escondem o oposto);

E por fim, o divisor de águas que são as promessas. Como permito que as pessoas me exijam promessas!!! Eu mudei a minha vida com esse momento do livro. Parece que tirei mil quilos das costas.

Sempre fui muito rígida em cumprir o que alguns próximos e os quais amo me faziam prometer. Me libertei com essa passagem do Bert Hellinger e a uso desde já. Quem exige promessas, normalmente não as merece! E nesse aspecto, eu, inspirada por ele, me sinto livre, para prometer, liberar a mim e a quem exigiu e fazer aquilo do qual eu acredito ser o correto, livre de qualquer culpa.

. O que você transformou em si mesma com a leitura deste livro?

Comecei a ficar mais atenta em não reagir, a ser mais leve e bem-humorada com a vida. O que me fazia ter mau humor eram sentimentos secundários, às vezes meus, às vezes dos outros os quais eu era plateia (era porque não pretendo ser nunca mais);

Estou mais calma em relação a construção das coisas que quero em minha vida e que tudo leva tempo e dedicação. Tempo é unidade de medida e das preciosas; 

Também estou trabalhando e me esforçando para não dedicar tempo para aquilo que não me interessa, ou não me acrescenta, mas fazia única e exclusivamente pelos outros.

. Quais as mudanças que você se compromete em tornar real a partir desta leitura?

O meu modo de viver. Já estou mudando em relação ao uso do meu tempo, em que emprego meu rigor e onde levo com bom humor. Não permitirei mais ser aprisionada por promessas que mais dizem respeito ao outro que a mim; 

Honrar minha vida, tal qual a maravilha que ela significa. Quero tomar minha vida para mim. Ser uma pessoa admirável, que serve o trabalho e usufrui das delícias da vida.

. Se você encontrasse o autor do livro, o que você diria a ele?

Primeiro agradeceria por todos os registros que fez e que possibilitou com que pessoas como eu tivessem acesso a esses aprendizados incríveis. Depois diria a ele da minha admiração por sua vida, por seus conhecimentos, por ele ser quem ele é e nos mostrar isso.

. Enumere as pessoas para as quais você sugeriria este livro e justifique.

- Meus filhos Felipe e Denis. Irei oferecer e deixar disponível para eles até o dia em que eles se disponham a fazer tal leitura;

- As minhas três amigas especiais, as quais conversamos longamente sobre questões da vida, filosofia, constelação e nos ajudamos mutuamente. Uma amizade unida por um fio de amor que cada uma tem pela outra.

#fichamento

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