Neste módulo o estudo das constelações épicas foi simplesmente fascinante. Quanto aprendizado! Elas se baseiam no perdão. Não devemos atuar como juízes, pois o que julgamos no outro normalmente é o que temos e não aceitamos em nós.
Somente Deus perdoa.
Nós, humanos, somente podemos desculpar e tentar reparar os erros. Mas o não-julgamento é a forma humana possível de perdão. Empatia é dissipar o julgamento.
Constelações épicas tratam de temas de vida e morte, divisores de água num sistema; temas traumáticos, principalmente de abortos provocados, quando existem sinais dentro dos sistemas, tais como dificuldade de dormir, ou um medo inexplicável de morrer subitamente, melancolia, tristeza, sensação de vazio, roer as unhas. Podemos estar ligados à energia do assassino, que não dorme em paz, ou da vítima, que foi traída e não confia.
Entender o significado sistêmico dos sintomas é para ajudar, não para julgar. Por exemplo, o significado dos abortos espontâneos pode ser uma tentativa do sistema de prantear aqueles que partiram sem pranto, sem lamento, sem saudades. E um dos grandes erros é que os sistemas continuam considerando a morte como invisível. Para corrigir, deve-se dizer o total de filhos que teve, explicando: tantos vivos e tantos não nascidos.
Com relação aos não nascidos do sistema, devemos fechar os olhos e dizer: “agora eu os vejo. Para mim, vocês são como pérolas, flores ou estrelas”. Não tem como haver solução se não há arrependimento. O arrependimento precede inclusões. E deve ser feito entre a pessoa e Deus, sem publicidade. Conversão é algo que a gente faz em um silêncio profundo, e que vem por meio da consciência, da conscientização com amor.
Nas constelações épicas olhamos para as soluções, mas isso exige de nós reconciliação, tomada de consciência e disposição para fazer o que é necessário.
Colocar um tema não significa constelar.
A Mestra explicou que, quando nasce uma criança é porque o sistema materno e o sistema paterno dessa criança têm pontos importantes em comum – dores ou talentos. E que crianças especiais estão a serviço dos destinos difíceis do sistema. Elas fazem os segredos virem à tona. E essas crianças merecem ser tratadas com mais amor do que os demais. Autismo, sempre tem a ver com solidão.
Brigas entre irmãos é porque há excluídos: onde há exclusão, há conflito.
Muitos de nós ainda estão à espera dos pais... do amor de graça... O sentimento de orfandade nem sempre significa que perdemos nossos pais; muitas vezes a orfandade é emocional, seja pessoal ou transgeracional. E o pensamento de rejeição fere o sistema. A Mestra reforçou a diferença entre pais e genitores. E que ninguém dá o que não recebeu. É preciso ir até o âmago do sofrimento, com bravura e coragem, e a partir dali trazer a solução. Quanto mais a gente se cura, mais a gente consegue compreender a dor do outro.
E a vida é cheia de oportunidades constelatórias!
O tempo é um aliado, e a cura é uma jornada. Não adianta ter pressa na busca das soluções. É preciso ter persistência e empenho! Não desistir até encontrar as soluções. Lembrando sempre que sofrimento tem ancestralidade e sair da ignorância é o primeiro passo em direção à cura.
Com todos esses conhecimentos estou mexendo na casa de dentro e na casa de fora. Entendi o que a Mestra quis dizer quando afirmou que devemos estar num ambiente curativo. Já tenho no meu escritório a bandeira da Alemanha, fotos dos meus antepassados, quadros com lembranças de tantos que já se foram e que me permitiram estar aqui...
Gratidão por tanto, Mestra Olinda!