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MINHA CONCLUSÃO DA FORMAÇÃO REAL

MINHA CONCLUSÃO DA FORMAÇÃO REAL
Elisangela Borsoi Pereira
jul. 28 - 5 min de leitura
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Que coisa mais difícil escrever sobre o fim desse curso.

Sabe quando você não encontra as palavras para sequer começar? Fica caçando o tal fio da meada mas não acha.

Fiquei nessa agonia um dia todo.

Pensava cá comigo: Será que já posso encerrar esse curso para poder começar a facilitar constelações? Foram tantos livros e tantas percepções, tantos insights, tantas curas pessoais e sistêmicas, tanto crescimento, tanto aprendizado, tanto, tanto, tanto..., mas falta um tanto tão maior para acabar.

E é isso mesmo! Não acaba.

Nunca acaba!

Percebi que, o que me agoniava, era esse meu conceito de fim que trazia aqui comigo. Como se a todo final houvesse uma despedida, um deixar para trás, um deixar de pertencer. Uma tristeza ou um alivio.

Mas graças a Deus, aqui é a Escola Real. Estou terminando de passar por uma das tantas estações dessa romaria, dessa minha jornada. E assim me sinto tão bem, junto a tantos outros romeiros. Uns mais a diante, uns andando ao meu lado, uns chegando agora.

Uma grande romaria de amor, apoio, equilíbrio, pertencimento e despertar para a vida em abundância.

Lembrei-me de um livro que me marcou muito em minha passagem por uma clinica psiquiátrica.

Era uma atividade em grupo com a psicóloga, então vi ela chegando com um livro que me parecia uma historinha infantil.

Sentamo-nos em circulo e ela começou a leitura. Acho que éramos em uns 10 ou 12 internos.

Meu Deus! De repente parece que fui parar em outro mundo, na verdade acho que, enfim, fui parar dentro do meu mundo.

Não sei se foi um buraco onde caí ou se um asteroide me caiu na cabeça.

Lia a certa altura do livro:

- É verdade que, às vezes, o equilibrista ficava morrendo de inveja de quem tinha chão. Mesmo que fosse feinho.

- "Chão de cimento é feio, mas que comodidade!"

- Na mesma hora se desequilibrava e caía. Enquanto caía, gritava:

- "Onde está o chão?"

Pois é, onde estava o meu chão?

Naquele dia, a psicóloga terminou a leitura e eu estava chorando, não acreditando no que eu acabara de ver.

De me ver!

Mas o fio estava mesmo aqui nas minhas mãos e eu realmente ia desenrolando o melhor que podia, mas num emaranhado que deixava tudo mais difícil.

E hoje estou aqui, ao final dessa etapa da minha formação como facilitadora, que começou com o "modesto" objetivo de encontrar o meu chão, a minha vida.

Posso agora dizer, como no livro:

- Puxa! Meu chão fui eu mesma que fiz!

E contando, sem a menor sombra de dúvidas, com os melhores mestres de obra que eu poderia ter contar.

Nessa jornada, consegui superar a imensa barreira que existia na minha evolução profissional; deixei de ser reativa; violenta; ansiosa; minha estranha atração pela morte sumiu; já estou delineando um projeto de conciliação da minha profissão de Zootecnista com a minha habilidade como consteladora e os saberes sistêmicos.

Meu filho está mais feliz; eu estou mais feliz; deixei de ser carente e estou muito tranquila em minha solteirice; estou realmente disponível para o meu filho; e, assim que meus bonequinhos chegarem, vou começar a atuar como consteladora.

Eh... acho que posso considerar que, aqui em casa, tivemos conquistas muito substanciais apesar de tanta tragédia com esta pandemia.

Mas, certamente, minha maior conquista é que isso tudo me possibilitou começar a tomar meus pais e, com isso, estar disponível para o meu filho e poder curti-lo ainda mais.

Isso sim é completude!

Certamente tive no meu filho um dos meus grandes mestres, o que seguirá me ensinando até o fim dos meus dias, graças a Deus.

Eu gostaria muito de poder ter mais filhos e o meu filho também os espera. Acho que agora já tenho condições emocionais para pensar em uma adoção e também tenho ferramentas para me preparar financeiramente para isso.

Que felicidade!

Hoje eu olho para a frente e vejo vida. A minha vida!

Uma vida possível e bem próspera, abundante.

Coloque você também a sorte no seu caminho, no desenrolar do seu fio.

A sorte de um bom olhar para a sua vida; a sorte da curiosidade em ver e tomar o que teus espelhos te refletem; a sorte de um bom livro; a sorte de uma boa terapeuta; a sorte de levar sua criança interior jogar bola no gramado com seu filho ou de aceitar o convite dele para dar uma volta no lago em uma noite gelada...

A sorte de fazer um bom curso e aplicar seu aprendizado; a sorte de poder tomar seus pais e todos do seu sistema; a sorte de honrar com amor os que carregam os grandes fardos do seu sistema; a sorte de amar ainda mais os seus irmãos; e tantas outras sortes.

Só não esqueça de que o tomar é um movimento ativo, e ninguém pode fazê-lo por você.

Tomem minha imensa gratidão e admiração, mestra Olinda Guedes, toda a equipe da Escola Real, meus colegas desse sistema de luz e claro, polo Curando a Vida, em especial, a minha psicoterapeuta sistêmica, Lenita Kruger.

Gratidão, e até amanhã!

#RCCFR

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