Ao fazer as viagens de cura de minha criança interna, percebi que aquela criança que muitas vezes parecia tão certa e decidida do que queria, assim estava porque recebia frequentemente a visita da adulta que sou hoje. O que deve acontecer ainda, provavelmente, quando me sinto segura e certa de que tudo vai ficar bem, estou recebendo a visita de minha anciã, que me visita de tempos em tempos.
O tempo não é linear, tudo isso é uma grande ilusão. A criança, a adulta e a anciã recebem o mesmo convite:
Dança mulher, dança! ! ! Dança a alegria de viver; dança a beleza da vida; dança o mistério e a dor da morte; dança a transformação que acontece fora e dentro, o tempo todo. Dança o movimento das estrelas, enquanto dorme; dança o som do silêncio, enquanto vê teus filhos brincando.
Silencia e observa, aquilo que você consegue ver ainda é e sempre será muito pouco. Nada do que parece ser assim é, tudo isso já passou. O céu que hoje você vê já passou, as estrelas já passaram...tudo já passou! Por isso, não há nada que faça mais sentido do que a aceitação do movimento da vida, tal como é, entendendo que isso não é passividade, é presença; é dançar o ritmo da música e não querer que troquem a música para que você dance sempre do mesmo jeito.
Cuidar do ser, está além de ser terapeuta; e o ser é inteiro, é corpo, é mente, é espírito.
Cuidar do ser é também aquele ramo de alecrim que você colheu mais cedo para colocar em um vazinho bonito, enquanto organiza o espaço para esperar alguém chegar, ou para você mesma.
É muito gratificante ter chegado até aqui e ter conhecido Olinda, as (os)colegas, a equipe de apoio.
Gratidão imensa a todas (os)!