A minha primeira profissão foi ser babá, primeiro da minha irmã mais nova e depois do meu primo. Com 15 anos fui convidada por um casal de amigos do meu pai a trabalhar com eles em uma confecção de roupas e aprender a costurar, achei uma boa ideia no começo, mas não era o que eu realmente queria.
Um dia meu patrão me disse a seguinte frase:” quando você aprender e ficar boa no seu trabalho, você vai embora!”. E foi o que aconteceu depois de um ano e meio trabalhando lá fui eu embora para trabalhar na mesma empresa que minha mãe trabalhava, já ganhando como costureira profissional.
Passei por mais três empresas na mesma função de costureira e atualmente tenho a minha empresa na área de confecção também; sempre disse para minha mãe que eu nunca ia ser costureira e por incrível que pareça estou atuando ainda como costureira! Já são quatorze anos nessa função que eu não gosto.
Já fiz curso de manicure, mas quando aprendi e fiquei boa, desisti. Foram muitos anos na busca de algo que eu gostasse de verdade. Me perguntando o que eu queria? Como queria viver? Como fazer para mudar?
Assistindo a aula da Olinda percebi que aquela primeira frase que ouvi do meu primeiro patrão ainda está ressoando na minha vida.
Comecei a estudar a constelação para me tornar terapeuta e está cada dia mais difícil, porque parece que quanto melhor eu fico mais me dá vontade de desistir.
E quanto mais me trabalho internamente com a constelação mais tenho vontade de continuar e ajudar outras pessoas também.
Vejo também a importância de ver a profissão da minha mãe com outros olhos, olhos de admiração, de amor. Ela ama a profissão dela, ela ama costurar.
Eu sigo agora em um caminho um pouco diferente do dela, mas com o mesmo amor que ela tem pela profissão dela eu tenho pela minha futura profissão de terapeuta.
Vou honrar todos meus antepassados com a minha escolha, minha dedicação e fazer o melhor que eu posso por cada pessoa que eu atender.