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MINHAS PROFISSÕES

MINHAS PROFISSÕES
Idoni Brandalize Almeida
set. 12 - 5 min de leitura
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Minhas profissões! Hoje eu olho para vocês com muito amor! Com a devida importância que vocês tiveram na minha vida e reverencio a vocês.

Meu primeiro trabalho foi o de limpar calçados dos irmãos mais velhos, eles já trabalhavam e me pagavam 1 pila por par (na época era cruzeiro), se fosse tênis que precisasse lavar, eu cobrava 2 pilas. Eu tinha 9 anos e usava esse dinheiro para comprar doces, lápis, canetinhas.

Depois com 12 anos eu fazia faxina aos sábados na casa da minha irmã mais velha, geralmente acabava as 16h e aí podia me sentar e assistir ao programa do chacrinha, na nossa casa não tinha TV. Ela não me pagava com dinheiro, mas me dava algumas coisas e chocolates e eu voltava para casa muito feliz esperando ansiosamente que ela me chamasse de novo, depois vieram as sobrinhas e eu amava de paixão quando ela me chamava para ajudar com as crianças.  

Aos 16 tive meu primeiro emprego formal, um dia cheguei em casa e me avisaram que no outro dia eu deveria começar em uma farmácia como balconista, isso tudo foi tratado pelo meu pai e o farmacêutico, aí passei a estudar a noite. Eu gostei, pois finalmente iria ter um salário. Eu aprendi com facilidade e gostava da função, até aplicar injeção eu aprendi e os clientes diziam que eu tinha a mão leve e que não doía tanto.

Depois de um ano nessa farmácia o patrão começou a me assediar dizendo que estava apaixonado por mim e tentando de todas as formas ter um caso comigo. Eu tinha 17 anos e não podia contar em casa com medo de que me acusassem de ter dado motivos para isso.

Então comecei a procurar outro trabalho para poder sair de lá e ele me falava que ele conhecia todos os empresários da cidade e que eu jamais iria achar outro serviço; permaneci ainda nesse emprego mais seis meses de pura tortura, sempre com medo de ficar as sós com ele, tinha mais funcionárias e ele as mandava fazer serviços externos (cobranças, bancos), mas graças a Deus sempre chegava clientes.

Foi ai que um anjo apareceu na minha vida e eu sou grata e lembro dela até hoje; uma moça que eu fazia injeção mensalmente por conta de reumatismo que ela tinha, percebeu a situação sem eu precisar contar muito e me indicou para eu trabalhar numa repartição pública como recepcionista; agora eu tinha um motivo que seria aceito em casa para justificar minha saída, e a garantia de que não ficaria desempregada. (Só contei para minha mãe depois que o meu pai faleceu).

Era bem fácil de trabalhar nessa repartição. Agora estava com 18 anos, mas não durou muito e como não era concursada falaram que não podia mais, me ofereceram então uma vaga de professora pelo município, já que eu havia terminado o magistério.

Eu aceitei, mas era somente meio período.

Foi muito decepcionante, era o 3º ano e tinha crianças que ainda não sabiam ler... As professoras mais velhas me orientavam a não me incomodar com aquilo, diziam que sempre tinha os que não aprendiam mesmo, que era para ir levando, que uma hora quando menos se esperasse eles aprenderiam a ler.

Era como se esperasse um milagre.

No outro período eu arrumei um emprego de vendedora em loja de confecções e vi que ali também não teria futuro, pois quase não entrava clientes. Larguei os dois, mas somente depois de ter encontrado outro emprego de secretária em um escritório de planejamento agronômico, foi quando entrei para a faculdade de ciências contábeis.

Concluí meu curso sempre com excelentes notas, mas nunca atuei nessa minha profissão. Me casei e quando tive meu 1º bebê não voltei a trabalhar, para mim era muito natural a mãe ter tempo para o bebê e a casa, meu filhinho faleceu com 17 meses e eu já morava em outra cidade, então comecei a trabalhar de caixa em um supermercado para preencher o meu tempo e quando engravidei novamente pedi para sair.

Quando meus filhos estavam crescidinhos, um com 10 e  outra com 6 anos as coisas apertaram um pouco, pois somente meu marido trabalhando não estava sendo fácil.

Foi quando comecei a prestar alguns concursos públicos e passei no de agente administrativo no município de Cascavel, onde atuo há 15 anos, gosto muito do que faço, atendo pessoas e empresas, sempre com muito amor e dedicação,  tem os que preferem serem atendidos por mim e não se importam de esperar ou ligar mais tarde quando estou ocupada, sendo que poderiam ser atendidos por qualquer outro servidor do setor.

Sou muito grata a Deus por essa bênção na minha vida.

Entrei na Escola Real para aprender a ter uma vida mais feliz e estou conseguindo, agora já posso pensar em uma segunda profissão, talvez para quando me aposentar, pois vejo que o curso é bem intenso, precisa de muitas horas de estudo e leituras e não quero ser uma terapeuta qualquer.

Idoni Brandalize de Almeida. 

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