Amor é o movimento, o fluxo de energia entre os elementos conectados no sistema. Tal conexão é experimentada por nós, pela primeira vez, no primeiro local onde nos tornamos presente no sistema através de nossa mãe.
Fomos gerados por um sentimento entre nosso pai e nossa mãe, pela força da vida, que é maior que qualquer ser humano.
Mesmo que os pais não desejassem que seu ato sexual resultasse em um filho. O principio que gera vida é o amor, o movimento que aproxima e une duas células prontas, plenas de todos os recursos, preparadas pela inteligência Divina, que se fundem para gerar um ser humano completo.
O que faz o amor dar certo é o sentimento de pertencer, ser amado, cuidado e se sentir importante pelo que você é.
O que faz o amor dar certo é recuperar o vínculo de amor que foi interrompido lá atrás, seja na vida pessoal ou na vida de algum antepassado.
Tudo aquilo que faz o amor dar certo está na infância dos nossos antepassados ou na nossa própria infância.
Só podemos ser felizes com o outro se antes somos felizes com nós mesmos.
O relacionamento conjugal é sustentado por quatro pilares:
- A primeira coisa que precisa ter no relacionamento conjugal é a reciprocidade na generosidade, é o Amor do coração, é querer bem ao outro, é querer fazer o outro feliz; essa é a ordem.
Quem procura outro para se fazer feliz tem menos para oferecer, portanto, não pode tomar o amor para entrega-lo, servi-lo ao outro, pois nesse estado de necessidade de ser feliz, precisa, antes, servir-se de amor. Além do aparente está pronto para receber e não pronto para dar. Só pode dar aquilo que se tem em abundância.
- O segundo pilar é o Amor sexual, que caracteriza e define que o relacionamento é conjugal. Sem o vinculo da sexualidade, o relacionamento conjugal se desfaz. Quando um cônjuge deseja o outro, diz “eu quero me unir a você” e quando o outro retribui com um sim, equilibra o relacionamento. Quando um dos cônjuges procura mais o outro, esse fica com saldo devedor e a pessoa que é procurada fica com muito crédito. A lei do dar e receber entra em desequilíbrio.
- O terceiro pilar é realizar o movimento de ter algo em comum, e essa aliança são os filhos.
Por meio da sexualidade, um homem e uma mulher declaram que eles são certos um para o outro e só assim a vida pode seguir adiante.
Um filho é a expressão tangível da aliança entre o homem e a mulher, indissolúvel – um filho é para sempre.
Portanto, para ser um casal, precisam estar unidos por meio do amor do coração, do amor sexual e de um amor maior, os filhos.
- Quando estes não existem por uma impossibilidade, quando essa bênção não é concedida, o casal pode permanecer unido por uma causa, um propósito onde eles possam fazer algo parecido com o que os pais fazem para os filhos: a prática do amor incondicional, da gratuidade e da generosidade. Este é o quarto pilar.
No caso de acontecer um divórcio, com quem a criança deve ficar?
Se uma criança convive com pais que se criticam enquanto pessoas, sua energia é destinada para se proteger, comprometendo seu desenvolvimento, seu sucesso, felicidade e saúde.
Quem não respeita o destino do outro, não é reconhecido como alguém que inspire confiança o suficiente para ser um aliado.
Portanto, a criança deve permanecer próxima à figura parental que honra o relacionamento e respeita a outra figura parental.
Uma criança cujos pais não mais vivem juntos conjugalmente, porém se respeitam e estão em paz, experimentará um estado de alma diferente daquela cujos pais estão em conflito.
Como está sua criança interior?
Como terapeutas, precisamos cuidar muito da nossa criança interna.
Precisamos nos curar, estar bem, para podermos cuidar do outro.
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