Todas as aulas estão sendo de extrema constelações para mim, cada uma delas.
Quando a Mestra Olinda, pede para fazer um texto com as fichas que caíram, nessa altura da aula 03 desse módulo, já tinha caído um pote inteiro de fichas, pois dinheiro é um tema que ainda eu não tinha entendido o porque de estar tão confuso em minha vida.
Eu percebia que vinham clareando os motivos desse emaranhamento na área do dinheiro, porém via que ainda faltava a cereja do bolo, que ainda tinha algo que ainda não tinha sido compreendido por mim ou que eu ainda não havia conseguido encaixar.
Quando Olinda fala sobre tempo, me remete a lembrança do dito popular tempo é dinheiro, ditado que uso frequentemente, contudo sem o significado que, de agora em diante, terá em minha vida.
Não tenho problema com o tempo diretamente, entretanto, em outra aula pude identificar uma orfandade funcional no meu sistema e que, devido a mesma eu não gostava de rotina e não conseguia me manter feliz por muito tempo com aquilo que fazia; sentia pesado aquele ato, como se estivesse perdendo tempo fazendo aquilo e que poderia estar fazendo alguma coisa de mais útil.
Agora entendi, pois minha mãe tinha um amor interrompido com a mãe dela, porque a minha vovó faleceu quando minha mãe tinha apenas cinco anos de idade, sendo criada pelos irmãos e depois por famílias que a acolheram para poder estudar; nessa época, na família de minha mãe, a prioridade era trabalhar e não estudar.
Assim como minha mãe, fui criado, sem dar atenção para escola, sempre preferindo trabalhar do que estudar, pois trabalhar me fazia sentir mais útil que estudando;
Minha mãe sempre falou que ia aproveitar a vida quando se aposentasse, mas ela acabou falecendo dois anos antes de se aposentar em um acidente de carro; isso me marcou muito. Me doeu demais ver que ela não atingiu seu objetivo depois de tanto esperar e compreendi que tenho que aproveitar minha vida no dia após dia. Então vi que a vida é agora, hoje, o momento presente e as constelações vieram a confirmar algo que eu já vinha constelando intuitivamente com a vida: Viver o presente.
Até então não entendia ainda a questão dinheiro, pois já tinha meus pais no coração, já conseguia ver meus avós paternos e maternos juntos aos meus pais, coisa que nunca tinha conseguido, e o dinheiro continuava na mesma, como se ele fosse invisível, entrando e saindo tão rápido.
Sentia que muito dinheiro me aguardava, mas eu não o estava alcançando. Percebia que não estava pronto para receber esse dinheiro todo.
Era como se eu ainda não fosse adulto o suficiente para lidar com tanto dinheiro. Agora tudo se encaixou e foi liberado em mim.
Lembrei que sempre escutava minha mãe falando de meu pai, dizendo que ele era estupido, grosso, bravo, e que todas as compras para dentro de casa eram motivos de muita briga, muito esforço.
Ao mesmo tempo também percebi meu pai ausente e essa percepção foi fortalecida com fatos que foram acontecendo, por exemplo, reuniões de escola e outros encontros onde ele deveria estar, porém não comparecia, somente minha mãe ia quando podia, senão, eu era acompanhado por alguém amigo da família.
Assim fui sendo criado muito próximo da mãe e sem perceber, fui sendo afastado do pai.
Minha mãe não tinha me liberado para o amor do pai,.
Fui ficando órfão funcional de pai e adotando pais pela minha caminhada: amigos, tios e até primos, aqueles que me davam atenção, transmitindo segurança e coragem, eu os adotava como pai de coração.
Agora, com todo este conhecimento, estou conseguindo acolher e reorganizar minha vida e vejo que, como meu pai não comparecia a compromissos comigo na escola e em outros lugares, eu tinha meu pai como fraco, fugindo de seus compromissos de pai, mesmo ele sempre sendo muito correto em sua vida.
Percebo agora que minha mãe, do seu jeito, próxima mas distante, em consequência desse movimento de amor interrompido em relação a mãe dela, por ter essa dor dentro dela, não conseguiu se entregar totalmente ao amor para conosco, seus filhos.
Isso ocasionou em minha vida escolar muita instabilidade, porque eu não conseguia dar importância aos estudos e era muito difícil para eu estudar. Eu sentia como se fosse uma perda de tempo, que era só para cumprir uma legislação que tem que estudar até o segundo grau.
Quando passei a ter uma profissão, mesmo amando o que fazia inicialmente, em pouco tempo perdia esse amor e me sentia cansado daquela rotina, e me sentia infeliz com aquilo.
Na questão financeira, sempre tinha aquela inconstância em relação ao dinheiro.
Analisando hoje, vejo que já havia reconhecido meu pai como forte, contudo, ainda não tinha pedido permissão para minha mãe para ir até ele e ela ainda não tinha me liberado totalmente para fazê-lo, assim ficava sempre no meio do caminho, achando que, se fosse até ele poderia estar magoando minha mãe e abandonando ela.
Agora, com todo amor no coração e na minha alma, entendo e peço a você minha querida mamãe permissão para ir até o papai. Você deu tudo que tinha para me dar. Foi o suficiente como voce me deu, perfeito e lindo como foi e agora, querida mamãe, vou até o papai abraçar ele também, vou para ele, para que ele possa me mostrar o mundo, para ele me atirar no mundo e me mostrar o quanto sou capaz, e para que eu possa receber da vida, do universo tudo o que mereço ter.
Querido papai, gratidão por ter sido essa fortaleza nos bastidores, onde por muitos anos não pude ver a sua importância em minha vida, em nossas vidas, pois só tinha olhos para a mamãe, mas agora vejo você e toda a sua força e coragem que sei que sempre teve, para nos proteger e também para nos proporcionar o melhor.
Gratidão queridos papai e mamãe, por tudo que voces me proporcionaram, e por tudo que vocês foram e serão em minha vida e, a partir de agora, com essas forças de vocês unidas em meu coração, em minha alma, serei eu com a minha vida, com meu sucesso e com minha felicidade, fazendo do meu jeito, mesmo sendo diferente da forma como vocês fizeram ou me ensinaram.
Um beijo no coração de cada um de vocês.
Simplesmente amo vocês.
# MOD.05 AULA 03