Quando criança gostava muito de ser a princesa, aquelas que imaginavam o príncipe encantado chegando no seu cavalo branco, tão lindo.
Tão romântico.
Ainda bem que cai do cavalo.
O romantismo faz parte de mim, gosto do belo, das artes, da diplomacia, das palavras bonitas.
Deve ser meu sol em Libra.
Contudo, com o tempo entendi que aquele príncipe encantado não existe, e que para amar é preciso aceitação e equilíbrio.
Agora eu sei.
Quando penso em mim e nas mulheres do meu sistema vejo a princesa Merida valente que lutou para não ter um casamento arranjado e tinha seu lado masculino muito aflorado e o espírito livre.
A Diana princesa e o sapo que colocou o trabalho e a dedicação ao pai e ao trabalho antes do amor; a bela a bela e a fera que buscou o conhecimento antes do amor.
Todas elas tinham outra prioridade na vida, que não o amor conjugal.
Todas elas em ressonância e leais ao pai.
Todas com o masculino preponderante ao feminino.
Agir antes do sentir.
Assim é o meu sistema: mulheres que exercem o papel masculino nas relações, que reprime o feminino e não abre espaço para o sentir, para o masculino chegar.
Queridas mulheres, eu vejo vocês.
Sinto muito que tiveram que passar por tanto sofrimento, humilhação, opressão, abuso. Eu agradeço por tanto, pois o sim de vocês trouxeram a vida até a mim e vou fazer uma coisa boa com isto.
Deixo com vocês o que é de vocês.
Agora eu sei.
Agora já passou.
E eu posso seguir o meu destino e construir a minha história.
Gratidão!