As ordens da ajuda foram estabelecidas por Bert Helinger afim de equilibrar as relações entre o que oferece ajuda e ao que pede, ou não, a ajuda.
É importante cuidar do ser, se importar com quem precisa quem se importa serve, eis o lema da nossa escola.
No entanto, é preciso ajudar sem que violemos estas ordens:
- Só podemos oferecer o que temos e só podemos tomar aquilo que precisamos. Devemos sempre perguntar ao cliente: como posso te ajudar? Do que você precisa? Assim daremos o necessário, porque se damos além do necessário o cliente pode se sentir devedor, por outro lado, se o que ele precisa você não pode dar, você não fica em débito. E assim o equilíbrio em dar e receber acontece.
- Tomar a realidade como ela é. Não se pode negar as circunstâncias, o cliente não pode ser visto isoladamente, ele tem que ser visto dentro do contexto familiar.
- Devemos tratar o outro como adulto. O relacionamento entre cliente e terapeuta deve ser respeitoso e deve existir responsabilidade entre as partes. Se o cliente está no vitimismo, no lugar da criança, provavelmente ele não está pronto para ser ajudado.
- Não considere a queixa do cliente aqui e agora. A queixa do cliente deve ser olhada dentro do sistema, com respeito e sem julgamentos. Há sempre amor envolvido, no entanto, ele pode estar apenas emaranhado. Se aqui o terapeuta tomar as dores do cliente, é certo que ele está reverberando com o campo, então ele não está pronto para ajudar o cliente, deve se retirar.
- Você só pode ajudar uma pessoa se der a ela um lugar no seu coração. Aceitar o destino de cada um, sem julgamentos. Olhar com o amor para o sistema do cliente e deixar ele fluir.
Dentro dos atendimentos ajudamos também quando usamos as frases de soluções.
As frases sistêmicas devem validar o sentimento do cliente e sair do coração do terapeuta.
Serão sempre frases de pertencimento, compensação e ordem, por isto, o terapeuta deve estar aberto e sintonizado com o campo.
Devemos observar o cliente desde seu agendamento, pois, isto já traz pistas sistêmicas e ajuda a entender o campo.
Por exemplos: podemos observar que se houve cancelamento relação com o tema; se pedir desconto ou facilitação de pagamento relação com o pai; se atrasar entraves em relação do tempo, relação com a mãe.
A gramática das constelações auxilia muito o terapeuta, estes padrões já catalogados direcionam o tema para solução.
Devemos nos atentar quando o cliente fala demais pranto ou não fala nada segredos; quando é exigente carência ou quer leva vantagem memória perpetrados ou é inseguro memória orfandade; quando presenteia o terapeuta vibrando na consciência do criador, da abundância, são exemplos de algumas dinâmicas sistêmicas.
Outra forma de ajudar é quando prepararmos o ambiente, orientamos o cliente adequadamente, e respeitamos seus limites, especialmente em relação as tecnologias.
Devemos deixá-lo seguro.
Dedique o tempo adequado a ele, cerca de 2 horas, e não o deixe, após a sessão. Pergunte se ele está levando o que veio buscar.
Peça a ele para dar notícias se mantenha conectado e a serviço da vida.
As ordens da ajuda são uma grande aliada para mantermos o princípio da compensação em equilíbrio.
Existem muitas maneiras de ajudar e cada ser humano é singular e especial, por isto é fundamental que o terapeuta dê um lugar para o cliente no seu coração, só assim, sem julgamentos e com amor, o caminho da solução se apresenta.