Ao longo de minha vida tive muitos sintomas, hoje com os estudos acerca dos sintomas compreendo muitas coisas. Fui uma criança desastrada e doente.
Minha mãe conta que já nasci resfriada, que meu narizinho escorria e entupia, nasci em junho e segundo ela era um dia muito frio. Sarampo tive duas vezes, uma delas antes dos 6 meses de idade, por isso veio a se repetir aos 5 anos.
Sempre problemas com infecção nas amigdalas, tinha tanto pus que acabou indo para o sangue e desenvolvi reumatismo no sangue (como confiar no amor de um pai, se meu pai nasceu 3 meses depois que meu avô faleceu, falta este pai no meu sistema, provavelmente fiz o sintoma por amor, por lealdade ao meu pai).
Com 7 anos já tomava quinzenalmente uma injeção chamada benzetacil, tomei por 3 anos, para evitar que este reumatismo resultasse em sequelas no coração. Hoje já fiz exames e a sequela é pequena, nada grave e nada que vá prejudicar minha saúde futuramente.
Então aos 9 anos operei minhas amígdalas, que eram gigantes, quase fechando minha garganta, tive hemorragia, perdi muito sangue, quase precisei receber sangue para repor, os médicos falaram que cauterizavam uma veia e logo outra se rompia.
Alguns meses se passaram e com a retirada de minhas amigdalas, logo o reumatismo no sangue se normalizou. Segredos de família, tenho impressão que seja algo ligado com minha irmã por parte de pai, que tomei conhecimento somente quando eu tinha 15 anos, segredos que precisaram sangrar.
Também aos 7 anos, fui correr para a rua pegar uma bola e fui atropelada em frente à minha casa, bati a cabeça embaixo do carro, minha sorte que o veículo era uma rural, e era alta, e a roda não me atingiu.
Logo em seguida aos 8 anos engoli uma bala logo que adormeci e sufoquei, meu irmão mais velho que acudiu, chamou meu pai e ao tentar me desafogar um pedaço da bala entrou no pulmão e logo tive pneumonia (tristeza, falta de mãe).
Neste período eu vivia mais como mãe dos meus irmãos e não tinha uma mãe disponível para mim, coincide com o nascimento de meus 2 irmãos, levei anos para entregar os bebês para minha mãe.
Foi somente quando conheci as constelações e através de meditação fiz a entrega.
Tenho uma irmã não reconhecida e também a perda espontânea da 2ª gravidez de minha mãe, que tive conhecimento 25 anos depois, quando o meu 2º bebê também não pode vir ao mundo. Também tive a 4ª gravidez interrompida por problemas e muita hemorragia, quase me levou a morte.
Mas voltando a minha adolescência, aos 14 anos tive encefalite, eram dores de cabeça muito forte, que começaram na noite de natal e ficaram por mais de um mês, na minha cidade fizeram todos os exames e não se descobria o que eu tinha, então com urgência fui levada a Curitiba e internada na UTI para observação e novos exames.
Nesta idade eu também desenvolvi astigmatismo por um tempo, depois de alguns anos este sintoma desapareceu. Hoje vejo que realmente foi uma falta de alegria, lealdade a mãe.
Minha mãe teve quebra de vínculo de amor com minha avó, desde os 15 anos e durou a vida toda, hoje ela tem 78 anos e ainda repete diariamente a história desta dor de abandono.
Na minha vida adulta rompi os ligamentos do ombro esquerdo aos 40 anos e me submeti a cirurgia, dez anos depois cai e rompi os ligamentos do joelho esquerdo, também cirurgia.
E agora descobri um rompimento no ligamento do meu cotovelo. Hoje tenho conhecimento de que carreguei muitas coisas relacionada a ancestrais da parte materna, transgeracionais, pois ela aos 60 anos também rompeu tendões do ombro esquerdo e cotovelo, e meu irmão mais velho a mesmo coisa, ombro e joelho direito e o irmão mais novo, joelho direito.
Porém muitos anos ajudei muito minha mãe em muitos sentidos, primeiro com os irmãos, depois com muitos afazeres e confidências, pois, ela até hoje sinaliza que somos amigas, que só confia em mim para contar suas angustias, medos e tristezas.
Já estou a dois anos com problema de relacionamento com ela, pois comecei a me distanciar quando me chama para confidencias. Até mudei de cidade, depois de 54 anos muito perto dela, apesar de casada, sempre morei no mesmo prédio. A vida foi com ela assim como para mim, sempre muito sobrecarregada e meu físico não deu conta, ate estourar os ligamentos.
Tive enxaqueca por muitos anos, e insônia até poucos dias atrás e através das constelações familiares descobri que estavam relacionados com a orfandade do meu pai.
Hoje não sofro mais destes sintomas. Após a morte do meu pai desenvolvi fibromialgia e com uma microfisioterapia consegui entender que era tristeza. Porém ,quando meu irmão faleceu, voltou o sintoma e agora na menopausa também está mais acentuada.
Para finalizar, cito aqui alguns sintomas que estão na história de minha família.
Minha mãe passou por um câncer de mama já fazem 6 anos (recuperou-se), e juntamente com o diagnostico dela, meu 3º irmão descobriu câncer de fígado e faleceu.
Meu pai faleceu do coração com a mesma idade de minha avó paterna, 73 anos, ela faleceu de diabetes. Tive por parte de pai uma tia com câncer na garganta, um tio com câncer de próstata, os outros faleceram do coração e um atropelado. Também 2 tios bebês que faleceram de desidratação e meningite.
Os tios do lado materno um faleceu de câncer no intestino, outro assassinado e nunca foi encontrado o corpo, e um bebê de desidratação.
Para mim foi muito importante conhecer as constelações sistêmicas e principalmente entender a dinâmica dos sintomas. Tenho outro olhar para a vida atualmente.