Contos de fadas e histórias infantis
De acordo nossa mestra Olinda Guedes ''não existe contos de fadas que não revela a história de um sistema.''
Cada vez que descobrimos preferência por um conto de fadas ou um super herói, precisamos trazê-los com elementos que possamos enxergar na nossa realidade.
Percebendo minha preferência pelo conto chapeuzinho vermelho e o lobo mau.
Observo uma falta grande do masculino no meu sistema, familiares que sempre falaram muito mal do masculino, como se este não tivesse feito o serviço necessário.
Veio na minha cabeça aquele canto alecrim dourado que nasceu do campo sem ser semeado.
Cadê meu pai?
Na minha infância, me senti tão desprotegida, abandonada, minha mãe e avó certamente também, assim como as personagens da história.
Meu pai também não tinha a força do masculino, ele e seu pai não se davam bem.
Foram tantos lobos maus pelo caminhos, agradeço a Deus através de sua força e minha resiliência cheguei até aqui.
Passando pela história da Rapunzel, menina que trancada na torre com seu feminino doente, acreditava que precisava de alguém para salvá-la em uma história abusiva e disfuncional, quando na verdade a força estava nela mesmo.
A Rapunzel retrata minha vida pessoal, como quis alguém para cuidar de mim e resolver meu problemas, na realidade eu que tantas vezes cuidei sem ser cuidada, amei sem ser amada.
Descubro também que, fiquei adormecida com a Bela, esperando o príncipe da história chegar, aquele amor que nunca tive, aquele homem perfeito, quando na verdade o príncipe real já tinha me beijado e o encanto não havia quebrado.
Fiquei adormecida em relacionamentos abusivos, disfuncionais, sendo traída, abandonada, mal amada.
A vida sempre nos presenteia com um novo dia, um novo olhar, uma nova história.
Agora que tomei consciência de minha caminhada, quero viver a experiência mágica, a alegria de um relacionamento normal, feliz e que seja possível.
Normal é ser feliz.
Hoje eu sei.