Gostaria de começar este artigo com um agradecimento.
A Olinda Guedes, mestra que ao ensinar, cria uma linha direta com a nossa alma.
E agradecer também a toda sua equipe, que junto com ela nos permite ter acesso a toda essa rede maravilhosa de conhecimento da qual comecei a adentrar.
Muito obrigada.
Aprendi nesse módulo que alegria é fundamental na vida.
Fui criada para nem prestar atenção nisso gente!
Onde eu pararia para pensar que a falta dela é um sintoma?
Aqui, nessa formação tão real.
Ver Olinda falar de Bert Hellinger enche o coração: alemão, de linguagem poeta, que trouxe a constelação sistêmica.
A constelação nasce desse ser maravilhoso que observa a humanidade na sua própria experiência de vida.
Sua postura ética, honesta e íntegra o ajudou inclusive a sair do campo de concentração.
Hellinger em sua longa experiência de observação do ser humano, percebeu que a paz se faz através de cada um de nós; na empatia, no pertencimento, no respeito.
Que isso sim fazia diferença entre as civilizações.
A quantidade de amor que a pessoa tem em seu coração, e não a quantidade de recursos materiais daquele lugar ou daquelas pessoas.
Que a evolução, o desenvolvimento, a prosperidade, a felicidade, eram condição pessoal e intransferível, com ressonância em toda humanidade.
Daí saiu a forma de pensar sistêmica: ao fazer uma escolha, uma ação, isso será bom para mim?
Para o próximo?
Para a sociedade?
Para todos?
Toda essa maravilha não surgiu do nada!
Como todo conhecimento, a constelação sistêmica nasceu fundamentada em outras ciências, como a biologia, a física, a matemática e a filosofia.
Nessa hora fico tão feliz.
Adoro estudar tudo isso.
Nosso tão amado mestre B. Hellinger nos seus estudos sobre relacionamentos humanos, percebeu que poderia tornar as pessoas mais funcionais por meio de algumas intervenções.
As principais eram: análise transacional, linguagem hipnótica (Milton Ericson), terapia primal e a Programação Neuro Linguística (PNL).
Ele percebeu que muitas vezes a pessoa tinha passado por uma infância funcional, bem alimentada, bem cuidada e ainda assim se encontrava em situações difíceis de sofrimento na vida adulta, com doença, sobrepeso, e diversos outras formas de sofrimento.
Foi quando começou a observar antes da gestação dessa pessoa, para ver onde no sistema daquela pessoa poderia ter acontecido algo que justificasse aquele comportamento.
Super sistêmico, né?
Divino e Maravilhoso.
Ele percebeu a memória transgeracional, a memória epigenética das pessoas. Energia não acaba, não se perde, ela só se transforma, olha a física ai gente.
Se um dia foi uma sensação, uma experiência, uma vivência, aquilo se transformou em uma energia e passou a existir.
Bert Hellinger percebeu que para essa energia mudar, memória de dor, era necessário colocá-la em movimento, como um teatro, trazendo aquela memória do passado para o agora e fazer alguma coisa nesse agora que mudasse a sequência desses movimentos.
Porque toda informação está no campo.
E o campo informa!
O autor mais conhecido sobre o campo é Rupert Sheldrake, biólogo, filósofo que também teve uma vida de observação e estudos sobre coisas intrigantes (por exemplo, como é que uma pessoa sabe que está sendo observada se ninguém falou para ela?).
Ele percebeu que tinha algo invisível e que ia além das nossas palavras, da nossa comunicação mais operacional e cartesiana e que fica no campo.
O campo são todos os elementos.
O que liga eu, você, o lugar, tudo.
A vida, a natureza.
A vida nos dá aquilo que somos.
Enquanto não melhoramos o que somos, a vida não nos entrega nada diferente.
Rupert Sheldrake ensina isso de forma maravilhosa.
Ensina como que existe comunicação entre todas as espécies, como existe vínculo.
A planta entende o amor.
Ficar nervoso pode fazer as coisas quebrarem com você.
Energia de raiva é uma energia destrutiva.
Toda essa maravilha está no fundamento das constelações.
Quanto mais raiva uma pessoa tem, mais doente ela fica.
Quão mais saudável uma pessoa é, mais serena ela se torna.
Enquanto não perdoou, a pessoa cria muitos créditos para o adoecimento.
Ficar saudável tem a ver com estar em paz com a vida.
Não existe segredos na face da terra.
Tudo está no campo.
Faça somente o que você faria publicamente, porque o universo, Deus, sabe.
As teorias da epigenégica e dos campos morfogenéticos são de autoria de Rupert Sheldrake
Nessas horas eu queria ser duas.
Uma para ficar estudando e outra para ir colocando tudo em prática.
Tantas coisas acontecendo enquanto vou praticando esse módulo I.
Coisa de Deus mesmo.
Batei e a porta vos abrirá.
Pegando embalo, falemos dos princípios sistêmicos.
Os princípios sistêmicos são as leis da vida.
São os princípios da natureza.
Simples e rico.
Bert ensinou que existem três princípios sistêmicos: pertencimento, compensação e ordem.
1 – Princípio do pertencimento: Utilizar de todos seus recursos incluindo tudo (todos) que fazem parte do seu sistema.
Na natureza o pertencimento é uma lei, ela não julga. Ela inclui e distribui igualmente tudo aquilo que recebe a medida do contexto e potencial de cada um. Na forma comportamental dentro da psicologia e das relações humanas, percebemos que esse princípio na vida e as relações. Fazer ou receber algo bom de alguém, nos faz pertencer.
Quando se faz o mal (ou recebe o mal de alguém), também significa pertencimento.
Perpetrador e vítima também passam a fazer parte de um mesmo contexto. Hellinger chamava isso de comunidade de destinos.
Também dentro do pertencimento, a necessidade das pessoas de saber que tem dignidade.
Como essa necessidade se mostra?
Eu vivo nesse país, nessa cidade.
Eu preciso de escola, de alimento, de trabalho, de moradia.
Para pertencer as pessoas fazem tudo, e para isso elas podem chegar ao ponto inclusive de passar por cima de regras e leis (princípios éticos e morais de justiça).
Elas farão alguma coisa que esteja alinhado ao princípio maior que é a vida.
Eu preciso pertencer.
Ou você vai pertencer pela dor ou pelo amor (incluindo todo seu sistema de alguma forma com você).
Se não sabemos como pertencer de forma positiva, saudável, funcional, iremos pertencer por meio da dor, da forma inconsciente que sabemos pertencer.
O perdão é necessário para conseguir funcionar no amor.
2 – Princípio da compensação: Equilíbrio entre o dar e receber.
Quanto mais cuida, mais tem.
Quanto menos cuida, menos tem.
A vida recompensa a ação.
Quando você ou uma sociedade faz um mal, naturalmente se sente uma vontade forte de reparar aquele dano.
Esse é o princípio sistêmico da compensação: o que é bom tende a prosperar, a causar algo melhor ainda.
Tem que ter equilíbrio, ser proporcional, senão irá causar um dano.
E todo dano pede para ser reparado. O princípio da justiça mora aqui.
3 – Princípio da ordem hierarquia. Se você é liderado, respeite seu líder.
Se é filho, cuide dos seus pais.
Se é pai, honre seus filhos.
Saber o seu lugar e agir a partir do seu lugar.
A violação de ordem não traz prosperidade.
Sem ordem não tem progresso.
Precisamos saber qual é o nosso papel, qual é o nosso lugar e agir de acordo com esse contexto.
Os maiores servem.
Uma família que tem ordem, os pais trabalham, os filhos recebem proventos, tem condições de desabrochar a sua vida.
Uma nação em que as pessoas sabem que são cidadãs e que pagam impostos. Que sabe que seus cidadãos são respeitados e precisam receber de volta o bem que oferecem.
A ética mora nesse princípio da ordem.
A ordem trás equilíbrio, amor, paz, alegria
Os princípios sistêmicos conversam entre si.
A nossa necessidade de pertencer tem a ver com o equilíbrio da compensação de dar e receber.
Se eu causo um dano a alguém ficarei excluída.
Tem que ser reparado. E por ai vai.
E para finalizar este artigo do módulo I, falemos da estrutura de uma constelação sistêmica:
1 – O constelador: a pessoa capacitada que irá conduzir o processo.
2 – Cliente: aquele que vem e apresenta um tema. Sendo tema um sofrimento, uma insatisfação, uma doença. Algo que a pessoa queira se transformar. Uma intenção, algo que precise, necessite.
3 – Elementos para representar. colher elementos importantes do tema do cliente. Irá ajudar a pessoa a representar aquilo que precisa ser transformado.
4 – Representantes: recursos para ajudar o seu cliente a perceber a sua constelação. A perceber o seu sofrimento. A encontrar a solução e ver como que essa solução poderá ser implementada.
Uma constelação tem três tempos:
1 – Tempo de colocar o problema, ver o sintoma.
2 - Tempo de perceber qual é a solução, o que seria essa solução.
3 – Tarefas, indicações, posturas que o cliente vai fazer no cotidiano para que aquelas soluções possam efetivamente acontecer.
Deus abençoe tanto conhecimento!
