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CONSTELAÇÕES ÉPICAS

CONSTELAÇÕES ÉPICAS
Lidiane Teixeira de Carvalho Frenhan
mai. 3 - 7 min de leitura
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Constelar é diferente de colocarmos um tema. Constelar é completar. Olinda Guedes nos ensina acerca de constelações, tanto enquanto pessoas (pais, filhos, irmãos), como terapeutas. Ela nos ensina diferentes abordagens de Constelação. Uma delas, desenvolvida por ela mesma, são as constelações épicas.

As Constelações Épicas, nasceram de um campo de amor, com uma abordagem que trabalha com temas traumáticos, tratam de temas de vida e morte. Com temas que são divisores de água dentro de um sistema, com temas que tocam o coração, mas que também tocam diretamente na violação de direitos humanos, toca vidas, toca vidas inocentes, pois, segundo Olinda Guedes, talvez uma das grandes dores do mundo seja não poder nascer e talvez a segunda maior dor do mundo seja não poder ter um pai e uma mãe ou crescer sem ter um pai ou uma mãe.

As constelações épicas têm como características principais, que elas olham para a transcendência, para a liberação, para o amor. Nelas olhamos para as soluções, porém, também é exigido de nós reconciliação, tomada de consciência, disposição para fazer o que é necessário. “Milagres exigem de nós! ”

Constelações épicas tratam de temas que exigem muito de nós, porque tratam de inocentes, tratam de vidas, vidas dentro de um sistema, que não puderam ficar: abortos provocados, entre eles, abortos provocados por recomendação médica, abortos espontâneos, gemelares natimortos, gemelares não nascidos, vidas que não puderam ficar e não são vistas, incluídas dentro do seu sistema.

          Dentro de um Sistema, são “sinais”, são efeitos de:

  • Abortos Espontâneos- Melancolia, uma tristeza em forma de melancolia, uma sensação de vazio, uma sensação de estar faltando uma coisa pequenina, miúda. Também são sinais, desejos inconscientes de socorrer, um sentimento de perigo. Ou ainda, sentimentos de solidão, uma sensação de que não tem ninguém que vê, de transparência, uma sensação de vontade de pedir socorro, porém com uma certeza de que ninguém vai perceber.
  • Abortos Provocados- quando existe sinais, dentro do sistema, como por exemplo, medo inexplicável de morrer subitamente, dificuldades de dormir, adultos sempre vigilantes, crianças que têm pesadelos, sono leve, estando sempre em estado de alerta.
  • Gemelares Natimortos ou Gemelares não nascidos- quando existe um sistema muito ruído, entre as pessoas (irmãos, cônjuges, primos, etc) desse sistema, parece que tem algo faltando, parece que está “de mais” ou “de menos”.
  • Vidas não vistas, não incluídas- Ao comprar algo, uma unidade, acabar comprando a mais. Desejar ter uma família numerosa. Gostar de colares de várias peças, várias partes, por exemplo.

Embora as Constelações Épicas não tenham cunho religioso, têm como condição necessária o perdão. A estrutura das constelações épicas é o perdão, e o “não julgamento humano é a única forma possível de perdão”, Olinda Guedes.

Tocar em questões como perdão, como nos lembra Olinda, é semelhante a mexer num vespeiro, pois ao tocar em assuntos de vida e morte muita culpa é mobilizada e ressentimentos podem vir à tona.

Susy Guedes faz uma linda reflexão, sobre perdão, para aqueles que são cristãos: “Perdão é alguém assumir o ônus da reparação pelo erro cometido. Os judeus, por exemplo, levavam um animal até o sumo sacerdote para ser sacrificado no altar, como forma de reparação do pecado cometido.

E ela segue ensinando, "Quem assumiu o ônus de todos nós foi Jesus, para que todos nós ficássemos livres de condenação. Quando Ele diz, por exemplo, ao paralítico que ele estava perdoado, ali Ele mostrou toda a sua autoridade para perdoar, Ele, o cordeiro perfeito!  “Eis aí o cordeiro de Deus! ”.

Susy nos lembra "Jesus tomou sobre si todos os nossos pecados, as nossas dívidas, assumiu todos os ônus de nossos erros, carregando a cruz. Quando nós perdoamos, ministramos o perdão para alguém estamos internamente dizendo: “Eu desejo que o Eterno coloque os seus pecados no mesmo lugar em que colocou os meus. Os meus pecados foram perdoados lá na cruz, então que todos os pecados, de todos os pecadores estejam juntos com meus, lá naquela cruz! ”

Porque se reforçar tanto a questão de perdão ao se falar sobre Constelações Épicas? Porque, por exemplo, ABORTO PROVOCADO é assassinato! ABORTO PROVOCADO POR RECOMENDAÇÃO MÉDICA, é assassinato em legítima defesa. A forma de nos referirmos a crianças assassinadas na vida intrauterina é uma forma de sermos cúmplices.

Um dos trabalhos de um constelador é ajudar o cliente, não importando qual o tema que ele está trazendo para constelar, “...é trazer à tona, deixar muito consciente, vivo no coração dele o sentido de vida”, ensina nossa professora Olinda.

Porém, para ajudá-lo, não pode haver julgamento da nossa parte enquanto terapeutas, pois assim estará afastando a pessoa da possibilidade de cura, fazendo-o sentir-se seguro, porque só ela própria assumindo será capaz de recuperar seu sentido de vida. “Se não temos condições de ajudar, temos que nos retirar da relação da ajuda", completa o profundo ensinamento a nossa Mestra Olinda Guedes. 

O trabalho do terapeuta contempla desde o acolhimento na hora que o cliente chega, passando pelo local de atendimento, que deve ser um local acolhedor, com tudo que lembre o cliente do “amor de mãe”, para que o cliente consiga o acolhimento e a empatia necessários a sua segurança e confiança.

Olinda sempre diz que a vida é feita de pequenas coisinhas, dentre elas a formas de nos expressarmos. Por exemplo, se referir a uma vida como ABORTO. Não são ABORTOS, não são acontecimentos, são vidas, devem ter nomes, devem ter um lugar importante, devem ter valor no coração, devem ser incluídos.

Nossa professora nos alerta, “A vida não admite barganhas! ”. São essas pequeninas mudanças, que vão trazendo os Milagres, as curas para o nosso sistema.

Todos os óvulos, e somente esses, fecundados (naturalmente ou por inseminação) são filhos! Estejam eles no registro civil ou não. São vidas! E por serem vidas devem ser incluídas, devem pertencer. Os incluímos no modo de falar: “Eu tenho (x+y) filhos. Tenho x filhos vivos e y filhos que não puderam ficar!”.  

Incluímos todos nossos filhos quando dizemos internamente, num movimento espiritual, honrando-os por meio da compreensão, do discernimento: “Agora eu sei! ” “Agora eu vejo! ” “Queridos, que bom que agora eu vejo vocês! ” “Muita gratidão! ”

Os incluímos quando damos a todos eles (filhos, irmãos, sobrinhos, tios, irmãos dos avós, aos que não puderam ficar),  “o mesmo olhar de validação que os pais dão ao seus filhos quando olham para eles e falam: Uau! Que lindos meu filhos! ”

#mod11#constelaçõesepicas

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