Todos pertencemos a uma família e desde a mais tenra infância começamos a perceber que cada família é diferente, tem suas particularidades e seus esqueletos guardados no armário.
As relações familiares são peculiares e até simbióticas. A lealdade que temos ao sistema em algum momento de nossas vidas simplesmente aparece. Isso leva a pessoa a abrir mão de seus sentimentos, a não ousar agir em desacordo, levando a pessoa a parecer boazinha, dedicada, sincera quando deveria ter vivido e aproveitado a sua vida sem o sentimento de que deve lealdade, passando a ser uma pessoa amarga, infeliz e sem vontade própria.
O que é um emaranhamento? É um sentimento, uma consequência, um fracasso ou uma doença que não tem proporcionalidade com seu contexto.
Antes da felicidade a lealdade, pois queremos pertencer ao bando. Em nosso cérebro reptiliano, o mais primitivo, vemos que não podemos ficar sozinhos e que temos que pertencer.
O princípio da ordem é claro quando diz que os filhos precisam ser filhos e os pais precisam ser pais, mas muitas vezes nós precisamos saber escolher aquilo que a gente faz com a nossa vida. Nem toda memória transgeracional é saudável para que a sigamos.
Para ser feliz é preciso ser um pouco desleal ao seu sistema. Não faz sentido viver brigando, não faz sentido viver doente, não faz sentido não se ter uma alimentação saudável.
Um vínculo de amor interrompido em uma geração pode passar para duas, três gerações ou mais gerações até que se possa curar isso até entendermos que um sofrimento é uma declaração de amor aos nossos antepassados e também uma condição de que essa energia precisa ser transformada.
Só se cura o amor interrompido devolvendo para pessoa o contato do ponto de onde foi que esse amor foi interrompido. Uma pessoa ao se libertar de um processo de sofrimento liberta muitas outras.
Toda pessoa precisa curar sua vida, curar seu coração, sua memória. À medida que curamos nosso coração, podemos curar outras pessoas.
Se não passamos pelo processo de cura do coração, se não curarmos o sofrimento, teremos muita dificuldade em ajudar aos outros e em ter empatia. O amor do espírito é aquele que diz eu olho você, eu percebo você, eu vejo você.
É um amor sincero, verdadeiro.