Neste módulo foi muito importante verificar que muitas coisas devem ser realizadas seguindo alguns princípios sistêmicos, os quais na maioria das vezes ficaram esquecidos pela dita modernidade. A que mais me chamam a atenção neste momento da vida, é a ordem, visto que não se valoriza mais a hierarquia, quem veio primeiro no sistema. Muitos conflitos seriam sanados se mães fossem mães e filhos fossem filhos, de forma clara e com muito amor.
Em um momento da minha vida tive que fazer terapia, pois minha mãe estava com uma demência fronto temporal, prima do Alzheimer, e os papeis tiveram que ser invertidos na minha mente, naquele momento, eu virei a mãe da minha mãe, é isso foi bem difícil, pois perdi meu porto seguro, fiquei até revoltada, pois queria colo, conselho, sabedoria, cobrava a “melhor idade” da mãe estereotipada pela sociedade.
Mas estudando um pouquinho, vivenciando as constelações na prática aos sábados com a Olinda, percebi que quando minha terapeuta, que nem era desta linha, teve sabedoria em me levar a refletir sobre respeitar as escolhas que minha mãe fazia, que o desejo dela em não buscar tratamento, ou fazer algo para retardar o processo de demência, cabia a ela, como mãe e a minha tarefa como filha era acolhe-la de forma amorosa e respeitosa, dando as condições necessárias básicas para que cumprisse sua fidelidade ao sistema.
O que me cabe hoje? Reconhecer que no meu sistema existe esse “nó”, esse “trauma” e buscar aceitá-lo de forma que não preciso reproduzi-lo em meu sistema, trabalhar para que a compensação e a ordem se restabeleçam.
#modulo2
#leisdoamor