Antes de iniciar meus estudos em Constelações Sistêmicas com a mestra Olinda Guedes, entendia sintoma como algo negativo, ainda bem que isto não é uma verdade absoluta.
Aprendi que os sintomas são porta-vozes de memórias pessoais ou transgeracionais, que surgem como um pedido de socorro para que possa ser curado, e cujo objetivo é sempre a cura. Entretanto, tudo depende de como enxergamos e nos posicionamos diante do sintoma.
Se nos colocarmos como vítimas e tivermos apenas a vontade de nos livrarmos dele o mais imediatamente possível, não procurando a compreensão do quê e para quê o sintoma apareceu, então ele troca de polaridade, deixa de ser uma oportunidade de cura e passa a ser uma ameaça à saúde.
Acredito que tomar ciência destes conceitos já faz parte do processo de cura, mas claro, a cura efetiva requer um firme propósito de transformação e passa pela auto responsabilidade e pelo comprometimento de envidar esforços de forma determinada e focada. De abrir mão de velhos padrões de comportamento, e isto enseja uma busca por conhecimento e autoconhecimento.
Neste processo, são demandadas algumas ações necessárias para a cura tais como: identificar o sintoma; classificar o tipo de sintoma e; tratar o sintoma.
Identificar um sintoma requer a prática de viver em estado de presença, só quem vive neste estado, consegue observar seu corpo, seus pensamentos e suas atitudes, enfim, conseguem se enxergar e enxergar além do aparente.
Tudo que ocorre de forma intensa ou constante é uma memória, que diante da incapacidade de resposta face ao tamanho do acontecimento, gera um trauma. Todo sintoma é uma memória que precisa ser olhada, ser tratada. Estas memórias podem ser pessoais ou transgeracionais.
A mestra Olinda em seu livro A Verdade Sobre o Sofrimento Humano (p.81), menciona que uma memória é pessoal, “Quando o indivíduo experiencia pessoalmente em seu corpo físico, desde a vida intrauterina, sofrimentos que criam essas feridas profundas[...] “ e que é uma memória transgeracional quando se observam “respostas traumáticas em duas, três, muitas gerações depois que houve a experiência traumática de fato.”
Sobre a cura dos sintomas a mestra Olinda em seu livro A verdade sobre o sofrimento humano (p.129) relata que
A metodologia das constelações sistêmicas é um conjunto de recursos, de eficácia comprovada, que nos permite conhecer sobre as memórias sistêmicas, os registros emocionais que estão em nosso DNA e, por meio do conhecimento da verdade que se revela, saber quais tarefas cumprir para curar os sintomas.
Até aqui, muitos foram os aprendizados e as curas! Sigo na jornada...a cura é jornada, não é um episódio.